Missão baiana na Bélgica conhece experiência de aquaponia e produção orgânica de alimentos
Fotos: Millena Espíndola

A Missão Bahiater na Bélgica chegou ao segundo dia na terça-feira (2) com visitas técnicas a diversas experiências da agricultura familiar em Bruxelas. A ação é uma estratégia de promoção da agricultura familiar pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Na programação do grupo, formado por agricultores familiares, juventude rural baiana, entidades de Ater, movimentos sociais e equipe técnica da Bahiater, estará, ainda, a participação no Brasil Origem Week, evento que apresenta ao mundo a diversidade de produtos originários do país.

O grupo baiano já realizou visita técnica à fazenda Bigh Farm, onde a produção de peixes e hortaliças se dá no telhado, por meio da aquaponia, técnica de produção de alimentos que pode reduzir o consumo de água em até 90% em comparação aos sistemas convencionais, além de promover o reaproveitamento de água na produção. Atualmente, essa é a única fazenda aquapônica em telhado na Europa, com perspectivas de expansão.

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Fotos: Millena Espíndola 

“É um sistema totalmente sustentável, que garante, no seu entorno, no comércio local, alimentos saudáveis. Essa transferência de conhecimento nós levaremos para a Bahia, na perspectiva de produzirmos alimentos cada vez mais saudáveis e mais alimento na mesa de todos os baianos”, destaca o diretor operacional da Bahiater, Marcus Vinícius dos Santos.

A Missão conheceu ainda a Ferme de Mont-Lassy. A propriedade familiar tem como principal atividade a produção de hortaliças e leguminosas, como tomates, berinjela, pimenta e moranga. A unidade de produção possui certificação orgânica e comercializa para outras empresas de Bruxelas.

Fotos: Millena Espíndola 

Já no segundo dia, a visita técnica aconteceu no Museu de Ciências Naturais de Bruxelas. O instituto, famoso por sua coleção de dinossauros – a maior da Europa –, possui quilômetros de prateleiras com cerca de 36 milhões de peças, também de insetos e outros invertebrados recentes, principalmente moluscos. De propriedade do Instituto Real Belga de Ciências Naturais, o Museu de Ciências Naturais é um centro de investigação científica de renome internacional e possui extensas coleções, de dinossauros, baleias, evolução humana, entre outros.

“Visitar o museu foi uma experiência única para minha vida. Entender sobre a história dos dinossauros e modo com que os fósseis eram extraídos e conservados foi maravilhoso, voltei a ser criança, fiquei maravilhada. Como médica veterinária, foi enriquecedor para a minha profissão, conhecer algumas espécies de animais que já entraram em extinção e também algumas espécies atuais, mas que eu ainda não tinha visto pessoalmente, na exposição dos animais empalhados. A visita ao museu foi uma experiência ao passado e uma perspectiva ao futuro, a troca de experiências com os demais colegas, as informações ali ditas pelo guia, com certeza ficarão marcados em nossa vida, pois história é cultura, e cultura é essencial para uma qualidade de vida”, conclui Thalita Marques, da Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale de Itanhém (Coopvali).

Fotos: Millena Espíndola 

Também no segundo dia, o grupo conheceu a experiência da L’Escargotière Saint-Véron, fazenda de criação de escargot na cidade de Halle, a 21 quilômetros da capital belga, onde os representantes da agricultura familiar baiana puderam degustar receitas preparadas com a iguaria. Na propriedade familiar, a produção é de 150 mil escargot por ano, que são comercializados para mercados e restaurantes locais, seguindo a lógica comum na região, de valorização do comércio local. A Missão Bahiater na Bélgica segue até o dia 10, com mais visitas técnicas ao ecossistema agrícola regional.

Fonte: Ascom/SDR