Foto: Ascom/Sema

Servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) participaram, nos dias 12 e 13 de novembro, do workshop ‘A Fotopoluição e Impactos às Tartarugas Marinhas’, no auditório da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Promovido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas e Biodiversidade Marinha do Leste (Centro Tamar/ICMBio), o evento teve como público alvo técnicos de órgãos ambientais do Estado e municípios, acadêmicos e profissionais da arquitetura e urbanismo.

A bióloga da coordenação de Gestão de Fauna do Inema, Rosane Barreto, ressaltou a necessidade de debater estratégias de mitigação e conservação em áreas prioritárias para a espécie. “O encontro serviu para discutirmos melhoras nos procedimentos e comunicação entre as instituições, bem como para aprimorar, ainda mais, as análises técnicas dos processos de licenciamento, fiscalização, gestão e educação ambiental. São ações essenciais tendo em vista que quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil encontram-se em algum grau de ameaça de extinção”.

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Chamado de fotopoluição, o efeito negativo das luzes artificiais e inadequadas é uma das principais ameaças ao ciclo de vida das tartarugas marinhas, causando a desorientação no processo de desova e nascimento dos filhotes, no caminho entre o ninho e o mar.
“Esses encontros são fundamentais para avançarmos na proteção das tartarugas marinhas em nosso estado. A colaboração entre diferentes áreas e a atualização das diretrizes de licenciamento ambiental são passos importantes para garantir que as práticas de fiscalização sejam eficazes. É essencial que todos compreendam o impacto da fotopoluição e se comprometam com normas claras para proteger o ciclo de vida das tartarugas marinhas”, pontuou a técnica em fiscalização do Inema, Carla Guimarães.

Participaram servidores das diretorias de Regulação (Dirre), Fiscalização (DIFIS) e Sustentabilidade e Conservação (DISUC).

Espécies ameaçadas

Segundo critérios do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN ) as espécies tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), continua na categoria “ criticamente em perigo”, a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) e tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) passaram para a categoria “vulnerável’ e a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata, passou para a categoria “em perigo “. Já tartaruga-verde (Chelonia mydas) saiu da lista de espécies ameaçadas e passou para a categoria “quase ameaçada”.

Centro Tamar / ICMBIO

O Centro de Pesquisa e Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atua na implementação das diretrizes do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação das Tartarugas Marinhas, que visa à proteção dessas espécies e dos ecossistemas costeiros e marinhos. A condução dessas estratégias se dá por meio de uma rede de instituições que trabalha na conservação das cinco espécies de quelônios marinhos que ocorrem na costa brasileira, incluindo ações de pesquisa, monitoramento, conservação e educação ambiental.

Outra ação importante que fica a cargo do Centro Tamar é o monitoramento da biodiversidade do bioma marinho costeiro no Mar do Leste brasileiro, compreendido entre Cabo de São Thomé, no município de Campos dos Goytacazes-RJ, e Salvador-BA, com ênfase nos impactos de empreendimentos e demais atividades antrópicas(ação humana).

Fonte: Ascom/Sema