Na Arena Fonte Nova, Ministério das Mulheres e CBF firmam parceria pelo Feminicídio Zero e protocolo Não é Não
Foto: Matheus Lima/Vasco

Nesta terça-feira (19), às 20 horas, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues Gomes, se reúnem na Arena Fonte Nova, em Salvador/BA, para a assinatura da Carta-Compromisso pelo Feminicídio Zero e do Acordo de Cooperação Técnica para a implementação do Protocolo Não é Não em arenas esportivas. A cerimônia acontece antes da partida entre a Seleção Brasileira Masculina contra o Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A secretária de Políticas para as Mulheres do Estado, Neusa Cadore, participará da atividade.

A parceria visa garantir a segurança de meninas e mulheres em estádios, arenas e outros espaços em que estejam na condição de torcedoras, equipe técnica e atletas. Além disso, entre as ações conjuntas estão o incentivo à inserção e permanência das mulheres no esporte, desde as categorias de base, preparando o Brasil para a Copa do Mundo de Futebol Feminino que sediaremos em 2027.

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“Trazer essa campanha sobre o enfrentamento à violência contra mulheres para os estádios é uma forma de incluir os homens, que são aliados essenciais, nesse debate. O Feminicídio Zero é um chamado para que toda a sociedade se incomode com a violência, reaja e denuncie. É dever do Estado construir políticas públicas, mas precisamos do apoio da população para que haja uma mudança estrutural de comportamento”, afirma a ministra Cida Gonçalves.

“A CBF atende ao chamado do Ministério das Mulheres e vai usar a estrutura das federações para intensificar a campanha por todo o país. Queremos alegria dentro dos estádios e também alegria nos lares, para que não aconteça violência contra a mulher”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Feminicídio Zero
A mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres intitulada Feminicídio Zero envolve diversos setores no compromisso de pôr fim à violência contra as mulheres, em especial aos feminicídios. Entre os principais parceiros estão os clubes de futebol, visto que há um aumento de 23,7% nos registros de ameaça contra mulheres nos dias em que um dos times da cidade joga, segundo pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados foram levantados a partir das capitais Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Como parte da mobilização, o Ministério das Mulheres lançou, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a campanha Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada. A campanha teve destaque em mais de dez jogos das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, com ações como faixa no campo levada pelos jogadores, exibição de vídeo no telão e uniforme com selo do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.

Protocolo Não é Não
A parceria entre o Ministério das Mulheres e a CBF também visa implementar o Protocolo Não é Não, instituído pela Lei nº 14.597/2023 para fins de prevenção ao constrangimento e à violência contra as mulheres e para proteção à vítima. Desta maneira, pretende-se tornar os jogos de futebol ambientes seguros para as meninas e mulheres brasileiras.

Fonte: Ascom/MM