Foto:André Frutuôso

Embora muitas pessoas se considerem antirracistas, é comum que, no cotidiano, não percebam os diversos comportamentos racistas que praticam, ainda que de forma inconsciente. Para promover conscientização e autotransformação, na manhã desta sexta-feira (8), a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) inaugurou o espaço Degraus da Reflexão, um ambiente concebido para estimular discussões e atitudes antirracistas, integrando a programação do Novembro Negro.

Localizado na sede da PGE-BA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o espaço visa aprofundar o debate sobre equidade racial e reforçar o compromisso da instituição com a promoção da diversidade.

Link Personalizado

📱💻Clique aqui e acesse o ba.gov.br. Informações do estado e diversos serviços, tudo em um só lugar.

Foto André Frutuôso

Em um evento que reuniu autoridades dos poderes Executivo e Judiciário, representantes de entidades sociais e servidores da PGE, o Degraus da Reflexão foi apresentado como um percurso interativo e instigante.

Através de mensagens distribuídas pelos degraus, os visitantes são incentivados a reexaminar comportamentos cotidianos, refletindo sobre atitudes e crenças que possam contribuir para combater o racismo estrutural, muitas vezes praticadas de forma inconsciente.

Foto: André Frutuôso

Com isso, o espaço não apenas desafia os visitantes a repensarem suas posturas, mas também permite que eles votem, em ato simbólico numa urna eletrônica, se consideram suas ações alinhadas a práticas verdadeiramente antirracistas.

Aberto com o Coral da PGE-BA, que cantou a música Sorriso Negro, sob a regência da maestrina Poliana Hubner, o evento contou com a presença da procuradora geral do Estado, Bárbara Camardelli, que descerrou a fita de inauguração e foi a primeira a subir os Degraus da Reflexão, ao lado da representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e de Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Aline Teles, seguidas pelas demais autoridades convidadas, que logo depois dirigiram-se ao Espaço de Convivência do órgão para apreciar a exposição 25 de julho, 25 mulheres: Negritudes, Circularidades e Resistências pela Liberdade.

Foto: André Frutuôso

Bárbara Camardelli destacou a importância de ações efetivas para o combate ao racismo institucional, que persiste como um desafio social e cultural.

“Apesar de termos que nos direcionarmos para fazer um exercício diário de prática antirracista, estes momentos são importantes como um ato simbólico de luta e resistência. Este é um recurso pensado pelo nosso Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, a quem agradeço, por empenharem-se efetivamente em gerar mudanças comportamentais e ampliar a conscientização sobre as complexidades do racismo”, pontuou Camardelli.

Política de Equidade

Autoridades e representantes de entidades sociais permaneceram no Espaço de Convivência, onde aconteceu a assinatura da Política de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade da PGE-BA, celebrada ao final com a apresentação de um trio de cordas da Orquestra Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), formado por Pedro Souza, Eliseu Henrique e Zaila Gois.

Foto: André Frutuôso

Aline Teles, representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), parabenizou a iniciativa, que considerou extremamente importante. Emocionada, a coordenadora da Sepromi declarou que ela mesma, quando menina, passou pelo processo de assumir sua identidade e aceitar seus cabelos crespos, por exemplo. “É essencial ter uma infância negra antirracista, e espaços como estes são importantes para fazer a gente refletir e valorizar as pessoas negras”, ressaltou.

A abertura do Degraus da Reflexão também reforça a programação do Novembro Negro, destacando a postura ativa da PGE-BA contra o racismo em todas as suas formas e o compromisso com uma política interna e externa de equidade e inclusão. A experiência interativa oferecida ao público e aos servidores foi um convite à introspecção, fomentando a prática de ações que vão além do discurso e contribuam, de fato, para uma convivência antirracista e igualitária.

Fonte: Ascom/PGE