Foto: Ascom/SEC

Um dos destaques do Encontro Estudantil da rede estadual, que vai reunir 5 mil estudantes, na Arena Fonte Nova, entre os dias 17 e 19 de dezembro, é a Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), que, este ano, teve 250 projetos finalistas. Nesta edição, mais de 1.500 projetos foram submetidos a análise para a Feciba, registrando um recorde na história da feira, que une ciência e sustentabilidade.

Um dos exemplos é a Eco Bottle de Bambu (garrafa ecológica), desenvolvida por estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Abelardo Moreira, no município de Mairi. “A ideia da garrafa surgiu em uma conversa entre as cinco mulheres da equipe, e a inspiração veio de nossas raízes. Somos filhas e netas de trabalhadores rurais que, no passado, usavam seus próprios recursos, como cabaças e outros materiais naturais, para transportar água potável para o consumo. Sabemos o quão desafiador era esse processo, e queríamos criar algo que fosse leve e fácil de transportar, assim como as cabaças”, explicou a estudante Odeni Sampaio Almeida, 42 anos, do curso de logística.

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Ela explica que dessa reflexão surgiu a sugestão do bambu, um material que atende a essas características. “O bambu tem um crescimento rápido e pode ser colhido de maneira sustentável, sem causar danos ao meio ambiente. Essa escolha reflete nossa conexão com a natureza e a busca por soluções práticas e ecologicamente responsáveis”. Os demais integrantes da equipe que desenvolveu o projeto são Luciana Rodrigues, Luciana Ferreira, Ingridy da Silva e Carolaine Conceição dos Santos.

Outro projeto inovador e com proposta sustentável é o couro ecológico desenvolvido no Colégio Democrático Estadual Castro Alves, da cidade de Ipupiara. Elaborado pelos estudantes Bianca Silva, João Pedro Barreto e Milena Silva, com a orientação do professor Edippo Geovanni, o projeto utiliza a palma forrageira  (Opuntia ficus-indica) para a fabricação do couro ecológico, apresentando uma alternativa viável ao material convencional, pois, além de ter maleabilidade e resistência, é biodegradável. 

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“Como professor de química e especialista em química ambiental, sempre acreditei no poder da ciência como ferramenta para transformar realidades. O projeto nasceu na região de Ipupiara, onde o cultivo da palma é uma prática significativa. Buscamos unir a valorização da biodiversidade da Caatinga com a inovação sustentável”, explicou o professor Edippo. Para a estudante Bianca, participar do projeto tem sido uma experiência transformadora. “Acredito que ele pode trazer soluções importantes para diversos problemas enfrentados atualmente pela sociedade contemporânea. Nosso foco está na preservação do meio ambiente, na sustentabilidade e no incentivo ao uso de produtos naturais de fácil acesso”, destacou

Já o Projeto A Luva Sensorial: alerta de obstáculos para deficientes visuais foi desenvolvido no Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Jacuípe Professor Luiz Carlos Araújo, localizado no município de Ipirá, por estudantes do curso técnico em informática Ana Caroline de Jesus Souza e José Mario a Silva Carvalho, sob a supervisão do professor Cristiano da Silva Cintra. 

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“Segundo dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], aproximadamente 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual, sendo 6,5 milhões com deficiência severa. Atentos a esta realidade, os estudantes desenvolveram uma luva sensorial que promete revolucionar a mobilidade das pessoas com deficiência visual. Projetada para alertar sobre obstáculos, tem como principais objetivos aumentar a segurança na locomoção, promover a autonomia, inclusão social e aumentar a confiança dos usuários. Trata-se de uma solução inovadora e de baixo custo”, destacou o professor Cristiano da Silva Cintra.

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Fonte: Ascom/SEC