Presidente Lula faz última visita oficial à Bahia nesta quarta

A dois dias de deixar a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva retorna a Salvador, nesta quarta-feira (29), em sua última visita oficial ao estado, para autorizar a construção de mais 17 mil unidades habitacionais na Bahia, por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”. A comitiva presidencial deve desembarcar em Salvador por volta das 13h30 e segue para o Residencial Bairro Novo Salvador, na Rodovia BA-526, CIA, para entregar 680 unidades da 1º etapa do empreendimento.

O evento terá transmissão simultânea com entrega de chaves no município de Canoas, Rio Grande Sul, assinatura de contratos em Manaus (AM), sorteio de unidades em Campinas (SP), além do anúncio dos resultados nacionais do programa.

A Bahia superou a meta de 80 mil chegando a 87 mil unidades habitacionais na primeira edição do programa, tendo um desempenho melhor do que o estado do Rio Grande do Sul, até então melhor colocado na faixa de zero a três salários mínimos. Até o momento, já foram entregues cerca de seis mil moradias.

De acordo com o superintendente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Aristóteles Menezes, em coletiva à imprensa, o empreendimento que será entregue nesta quarta contempla 2,4 mil unidades, voltadas para faixa I, que corresponde à renda familiar até R$ 1.395. O presidente e o governador Jaques Wagner entregam um total de 2.371 unidades habitacionais. “A previsão é de que até junho sejam entregues mais seis mil unidades só na Região Metropolitana de Salvador”, falou Menezes.

Serão entregues ainda três empreendimentos em Feira de Santana e Alagoinhas e dois em Itabuna e Vitória da Conquista. Os contratos assinados são direcionados a municípios que possuem mais de 50 mil habitantes. Segundo o representante do Ministério das Cidades, o diretor de Desenvolvimento Institucional, Elcione Diniz Macedo, a Bahia ocupa posição de destaque atingindo 109% da meta dos projetos viáveis. “Tínhamos um déficit habitacional de sete milhões de moradias em 2000 e hoje tivemos uma redução para 5,6 milhões. Números conquistados pelo modelo do “Minha Casa, Minha Vida I”, que teve duração de dois anos”, esclarece Macedo. Ele divulgou que na segunda edição do programa, com duração de quatro anos, serão destinados cerca de R$ 111 bilhões para o país.

Em um balanço sobre o programa, o diretor de Desenvolvimento Institucional declarou que em nível nacional da meta estipulada de um milhão de unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida” até agora foram autorizadas 923 mil habitações. Para a Bahia, foram destinados pelo PAC Habitação e Saneamento em torno de R$ 1,65 bilhão no lançamento e efetivamente contratados R$ 2,84 bilhões no PAC I, que envolve urbanização, provisão habitacional, água, drenagem, esgoto, dentre outros.

Elcione Macedo revelou que foram liberados para o estado R$ 730 milhões para intervenção em favelas, dos quais R$ 344,8 milhões só para a capital. Já a previsão do Minha Casa, Minha Vida II que prevê dois milhões de unidades planejadas para o PAC II, 60% serão direcionadas para a faixa I, 30% para as outras faixas e 10% outras intervenções.

Presente na coletiva, o chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Eduardo Copello, esclareceu que o déficit habitacional da Bahia é estimado em um pouco mais de 500 mil unidades, com concentração na região metropolitana com cerca de 170 mil. “O que é natural pela forte migração relacionada com o desenvolvimento econômico na região. Estes números são dinâmicos pela entrega das unidades habitacionais e incrementada com o programa Casa da Gente”.