O ministro da Cultura e das Artes da República do Congo, Jean Claude Gakosso, foi recepcionado, na tarde desta segunda-feira (23), pelo governador Jaques Wagner e o presidente da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia(CAB). No sábado (22), a comitiva do Congo esteve no Rio de Janeiro.

Gakosso explicou que a visita às duas primeiras capitais brasileiras teve o objetivo de divulgar internacionalmente o Festival Panafricano de Música, que será realizado no mês de julho, em Brazzaville, capital do Congo. O evento ocorre a cada dois anos e reúne os principais artistas daquele país.

“O Brasil é o nosso convidado de honra. Fomos muito bem acolhidos durante o lançamento realizado no Rio de Janeiro e não poderíamos vir ao Brasil e não visitar a Bahia. Sabemos que o sangue africano circula nas veias deste lugar”, disse Gakosso.

O governador Jaques Wagner recebeu de presente um quadro com detalhes de metal em alto relevo e retribuiu com chocolates produzidos no estado e um livro com textos e ilustrações do artesanato baiano.

De acordo o historiador Ubiratan Castro, o intercâmbio de estados brasileiros com países africanos aumentou nos últimos anos. “O Governo do Estado tem seguido o exemplo do governo federal no sentido de uma reaproximação efetiva com a África. Jaques Wagner foi o primeiro governador brasileiro que fez uma viagem oficial ao Benin”.

Castro lembrou ainda que a visita de lideranças africanas à Bahia tem sido recorrente. Para ele, o intercâmbio é necessário e positivo. “O estreitamento de relação com o Congo é fundamental para nós. Com a troca de artistas, professores, intelectuais, entre outras pessoas que são portadoras dessa memória antiga, lá e cá, a Bahia só tem a ganhar. Atende uma reivindicação da juventude negra baiana”. O Pelourinho e a sede do Ilê Ayê, no Curuzu, foram alguns dos locais visitados pela comitiva congolesa.