O programa Minha Casa, Minha Vida entregou, nesta segunda-feira (26), mais 686 unidades habitacionais na Bahia. Os imóveis fazem parte dos conjuntos América Unida e Europa Unida, localizados em Vitória da Conquista, sudoeste do estado. Mais de três mil pessoas estão sendo beneficiadas com a casa própria, destinada a famílias com renda de até três salários mínimos. Com essas unidades, o estado chega à soma de 8,7 mil moradias entregues nos últimos 50 dias pelo programa, total que equivale a 21% de tudo que foi entregue no país no mesmo período.

O município também ganhou uma fábrica de fécula, da Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Produtores Rurais do Sudoeste da Bahia (Coopasub), no povoado de Corta Lote. A unidade beneficiará diretamente 2,4 mil famílias de pequenos produtores que cultivam mandioca, além de processar 60 toneladas da raiz e produzir 40 toneladas de fécula por semana, no sistema de cooperativa.

O governador Jaques Wagner participou da entrega das chaves dos apartamentos tipo village e da inauguração da fábrica. Sobre as unidades habitacionais, ele disse que cada proprietário pagará entre R$ 60 e R$ 150 de prestação. "Tem gente aqui que mora de aluguel e paga até R$ 500 para estar no que é dos outros. Agora, por um preço muito mais em conta, vai morar no que é seu. E não é só ele que ganha. Quem construiu a casa ficou empregado, quem vendeu material de construção teve aumento de renda, assim como quem fabricou. Isso faz a economia crescer e inclui as pessoas".

Os apartamentos têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, e o condomínio, quadra esportiva, parque infantil e área de lazer. Cada imóvel foi vendido ao preço de R$ 41 mil e financiado com benefícios do Minha Casa, Minha Vida. A cabeleireira Silvia Conceição, uma das beneficiadas, não escondeu a emoção ao ver a casa pela primeira vez. "É o sonho de uma vida que agora virou essa coisa linda amarelinha, que você está vendo aí".

Pequenos produtores de mandioca são beneficiados

Quanto à fábrica, o governador afirmou que o “ganho com a mandioca produzida já subiu de R$ 140 para R$ 220. É mais de 50% de aumento na renda do agricultor. É isso que nós queremos fazer com outras cadeias produtivas da agricultura familiar, agregando valor e aumentando a renda de quem produz".

A fécula, mais conhecida como polvilho, é utilizada na produção de biscoitos e outros produtos alimentícios como o beiju. A Bahia, que tem a terceira maior produção de mandioca do Brasil, importava fécula do Paraná. De acordo com o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, está em votação na Assembleia Legislativa da Bahia um projeto de lei que obriga a adição de 10% de fécula na farinha de trigo que produz pão francês no estado.

“Vamos criar o pãozinho baiano com essa porcentagem de fécula, que é um produto altamente nutritivo e não altera o sabor. Isso vai estimular a produção e garantir renda a milhares de agricultores familiares que plantam mandioca na Bahia”, disse Salles. 

Publicada às 11h30
Atualizada às 19h40