As exportações baianas atingiram em outubro de 2011 US$ 949,8 milhões – 23,4% acima de outubro de 2010 -, sendo que, este ano, até o referido mês, já superam todo o ano passado, alcançando o recorde histórico de US$ 9,1 bilhões. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento (Seplan).

A redução nos embarques de automóveis (reflexo das mudanças nas regras de IPI), soja (fim da safra), petroquímicos e produtos metalúrgicos (redução dos embarques para Europa e EUA) fizeram com que as vendas externas recuassem 7% em comparação a setembro. A Bahia, entretanto, termina os dez primeiros meses do ano com exportações recordes – 22,7% superior a de igual período de 2010, respondendo por 60% das vendas externas da região Nordeste.

Para o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Souza Cruz, a origem desse desempenho veio basicamente dos preços, que subiram em média 24,5% no ano, já que os três setores que lideram a pauta (petroquímicos, derivados de petróleo e papel e celulose) tiveram redução no volume exportado. “O crescimento das economias da América Latina, principalmente da Argentina, além da China – os dois maiores destinos para os produtos baianos – também contribuíram nos resultados positivos em 2011”.

O líder das vendas externas tanto no mês como no acumulado do ano é o setor de petróleo e derivados, que trouxe US$ 1,53 bilhão ao estado de janeiro a outubro, 35,2% mais do que em igual período de 2010. O setor é seguido pelo de papel e celulos, com US$ 1,52 bilhão, e pelos petroquímicos, com US$ 1,48 bilhão. A soja e seus derivados já despontam como quarto mais importante da pauta do estado, com US$ 1,14 bilhão de vendas até outubro e crescimento de 33%.

Importações 

As importações baianas em outubro seguiram tendência semelhante ao das exportações – crescimento de 24,7% em relação a igual mês de 2010 e redução de 0,8% em relação ao mês anterior. No acumulado em dez meses, somam US$ 6,53 bilhões, com alta de 17,7%. A redução no ritmo de crescimento das importações, localizadas em bens intermediários e de capital, acompanha o movimento de desaceleração da produção industrial em razão de crescimento menor da economia doméstica.

Além de um crescimento menor de produção, há a desindustrialização em alguns segmentos, o que incentiva a compra de produtos acabados. Nafta, automóveis, minério de cobre, inseticidas e fertilizantes responderam por 63,6% do total importado no mês, que chegou a US$ 717,4 milhões. Com os resultados de outubro, o saldo da balança comercial da Bahia no ano atinge US$ 2,55 bilhões, 37,7% acima de igual período de 2010.