O folião pode contribuir para a redução dos índices de ocorrências policiais nos circuitos do Carnaval e no entorno da festa, evitando circular com os originais de documentos pessoais, cartões de crédito, talões de cheque, celulares, máquinas fotográficas, filmadoras e outros objetos cobiçados por marginais.

“É prudente sair às ruas apenas com a cópia autenticada da carteira de identidade e quantidade de dinheiro suficiente para alimentação, consumo de bebida e transporte. Veículo particular deve ser deixado em casa”, disse o diretor do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Cleandro Pimenta.

“O marginal se vale desses momentos festivos para praticar o furto em meio à multidão e o roubo em vias alternativas dos grandes circuitos”, advertiu. Segundo o delegado, o folião pode colaborar com o trabalho da polícia nas ruas, denunciando à patrulha da PM ou ao Posto Policial Integrado (PPI) mais próximo quando perceber a atuação de algum assaltante.

Nos dias de Carnaval, a Polícia Civil mantém nos grandes circuitos um grupo especializado de policiais, intitulado Força e Reação. São 11 equipes compostas de 17 policiais do DCCP presentes nos principais pontos da festa, identificando os marginais e retirando-os de circulação. Os infratores agem, sobretudo, durante a passagem dos trios elétricos mais concorridos.

Pimenta afirmou que ao deixar os originais de documentos pessoais, talões de cheque e cartões de crédito em casa, o folião se previne contra problemas futuros. Muitos desses documentos, quando furtados, são vendidos para estelionatários, que os utilizam para aplicar golpes. “Posteriormente, o cidadão descobre que tem firma registrada em seu nome ou que está cadastrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), e só poderá provar que não foi autor de algum delito se tiver registrado, previamente, queixa do furto de seu documento numa delegacia”.

Cartão de identificação 

Além de portar a cópia autenticada da cédula de identidade, o folião que for à rua sozinho é aconselhado a sair com um cartão de identificação contendo nome e telefone de um parente ou alguém íntimo que possa ser acionado em caso de emergência. Esse cartão também deve informar se a pessoa é portadora de algum tipo de doença que exija cuidado especial e ainda tipos de medicamento que ela possa ou não ingerir. “Não é raro vermos foliões passando mal e até desmaiando, sem que as pessoas que os socorram possam acionar algum parente ou os médicos possam diagnosticar o problema com mais precisão”, declarou o delegado.

Bolsas, carteiras e pochetes, mesmo vazias, não devem ser levadas aos ambientes de grande concentração de público, pois aguçam a cobiça do marginal, bem como o celular. “Se for realmente necessário conduzir o celular ao Carnaval, combine com seu grupo de amigos de levar apenas um aparelho para uso coletivo, optando pelas ligações a cobrar”. O aparelho deve ser colocado num bolso interno, preferencialmente na frente da roupa.

Veículo

Quem preferir deixar o veículo particular em casa estará evitando danificá-lo nas ruas ou passar parte da festa em engarrafamentos, além de não correr o risco de ter seu carro subtraído. Táxis e ônibus circulam com frota reforçada no Carnaval e são os meios de transporte ideais. Mas, se houver a necessidade de ir à rua de carro, reúna um grupo de amigos e utilizem um único veículo, que deve ficar num estacionamento controlado. “Nunca deixe a chave do automóvel com o guardador de rua”, destacou Pimenta.

O cidadão também pode evitar ser vítima de roubo, deixando de utilizar as vias vicinais de acesso aos circuitos do Carnaval, principalmente nas madrugadas. “Orientamos o folião a transitar pelas vias principais, evitando pegar atalhos para chegar mais rápido à Barra, Ondina, Campo Grande ou Centro Histórico. A polícia fica mais concentrada nos circuitos principais”.