Unidade de Acolhimento Temporário recebeu 30 crianças neste Carnaval

A Unidade de Acolhimento Temporário, instalada no bairro de Ondina, recebeu, até a tarde desta terça-feira (21), um total de 30 crianças em situação de risco ou violação de direitos neste Carnaval. Elas foram encaminhadas por monitores da chamada busca ativa, que atuaram nos circuitos da festa. O núcleo, montado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), funciona 24 horas no Centro Integrado de Apoio à Criança e ao Adolescente (Ciac), localizado no alto de Ondina.

Ao constatarem a situação de risco ou mesmo a violação de direito, como a prática do trabalho infantil, os monitores conscientizam e convencem as mães a encaminharem os filhos para a unidade de acolhimento, onde ficam hospedados até o fim do carnaval e recebem os cuidados necessários de 56 profissionais, entre eles psicólogos e assistentes sociais. As crianças serão entregues nesta quarta-feira a seus pais, que, em geral, trabalham como vendedores ambulantes ou catadores de material reciclado.

Segundo a superintendente de Assistente Social da Sedes, Angela Gonçalves, na Unidade de Acolhimento Temporário a criançada recebe seis refeições diárias – café da manhã, almoço, janta e três lanches. Elas também praticam atividades recreativas, esportivas e artísticas. Do total de crianças recebidas, apenas três serão encaminhadas, posteriormente, para o Juizado de Menores.

Busca ativa 

A ação de busca ativa abrange a identificação e mapeamento dos locais de incidência de crianças e adolescentes em situação de risco e violação de direitos nos circuitos Barra/Ondina e Campo Grande/Avenida. Além de encaminharem para a unidade de acolhimento, os 12 monitores também fazem o devido comunicado aos órgãos de defesa dos direitos da criança e do adolescente.

A ação faz parte da campanha “Salve uma Infância”, de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes e também contra o trabalho infantil. Tem a parceria com o Comitê de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente da Bahia (Fetipa), Juizado de Menores e Ministério Público.