Com a aula inaugural realizada na manhã desta segunda-feira (7), no auditório da Faculdade Dom Pedro II, no Comércio, a Polícia Militar da Bahia destina mais 260 PMs para atuar nas bases comunitárias de segurança que serão implantadas em breve no Bairro da Paz, em Salvador, e em Itinga, em Lauro de Freitas. Atualmente, cerca de 600 policiais já foram preparados e atuam nas bases implantadas na capital.

O programa do curso, que conta com palestras sobre gestão de competências, legislação de trânsito urbano e preservação do local do crime, entre outras, agradou os participantes. “Quero ficar preparado, mas esta é uma busca continuada e individual. Contamos com o apoio da corporação”, afirmou o soldado Silas Carvalho. Para ele, o policiamento comunitário é uma política importante. “É preciso cuidado para não repetirmos erros do passado. As comunidades são muito carentes. A polícia não é solução para tudo, mas deve ajudar em várias coisas”.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, informou que os alunos foram selecionados no último concurso, com 1.851 participantes, entre os quais também foram selecionados os PMs que vão compor a Companhia de Policiamento Turístico, no 18º Batalhão, no Pelourinho. “Nosso foco é o envolvimento com a comunidade, com os segmentos organizados e com outros serviços que são oferecidos nos locais onde as bases estão sendo implantadas. Hoje a segurança pública não é feita somente com o braço forte da Polícia Militar”.

Curso é preparado nacionalmente

Coordenadora adjunta de polícia comunitária, a capitã Paula Queirós disse que a preparação segue a matriz curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública. “É um curso de 40 horas, preparado nacionalmente para quem vai atuar no policiamento comunitário. Os direitos humanos são abordados com ênfase, para que os policiais não percam o foco desse acolhimento à comunidade”.

Segundo a capitã, o curso é um reforço de técnicas policiais. “Buscamos prepará-los da melhor forma possível para que estejam aptos a atuar nessas bases comunitárias, fazendo com que a autoestima da população melhore sensivelmente. O diferencial é a ênfase na aproximação, para quebrar a visão de que a Polícia Militar está afastada da comunidade. Assim, vamos conseguir atuar de forma mais proativa”.