A Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia foi habilitada pelo Ministério da Educação (MEC) a ofertar cursos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) a partir deste semestre. Serão 5.677 vagas em 62 municípios, consolidando a rede como a maior instituição do estado a oferecer cursos técnicos. Para a ação, o Governo da Bahia vai contar com, aproximadamente, R$ 16 milhões de investimentos.

Com o Pronatec, a Rede Estadual de Educação Profissional reforçará o atendimento às demandas de formação do Porto Sul, Vida Melhor (Urbano e Rural), Copa 2014, além da interiorização das políticas estaduais de saúde e da cultura, e de demandas territoriais específicas.

A Bahia obteve o segundo maior montante destinado aos estados, dos nove que conseguiram atender aos condicionantes do MEC. No total, o ministério vai investir R$ 92 milhões. “O tamanho e capilaridade da rede estadual, que conta com 54 Centros Territoriais e Estaduais de Educação Profissional, além da boa execução dos programas federais e do número de matrículas (56.604 estudantes e trabalhadores beneficiados), foram determinantes”, afirma Almerico Lima, superintendente de Educação Profissional.

A previsão é de que os cursos comecem em setembro e outubro, com as inscrições ocorrendo já no mês de agosto. Os estudantes terão transporte, alimentação, fardamento composto por camisa, boné e bolsa, material e livro didático. Além da rede estadual, o Senai, Senac, Ifba e IFbahiano, também ofertam cursos do Pronatec no estado.

Oportunidades

Serão ofertados 63 cursos de formação inicial ou qualificação profissional em onze eixos tecnológicos. Dentre os cursos, estão: cuidador de idosos, manutenção e montagem de micros, auxiliar técnico-administrativo, auxiliar técnico de agropecuária, regente de banda, agente de informações turísticas, agente socioambiental, agente de observação de segurança na Indústria e na construção civil, atendente de nutrição, eletricista industrial e predial, preparador de pescado, desenhista de construção civil, agente comunitário de saúde e agente de controle de endemias.

Os cursos serão ofertados para estudantes do 3º ano do ensino médio ou estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) médio (tempo formativo VI e VII) e para concluintes de curso EJA Fundamental que estejam no Cadastro Único do Governo Federal.

Em sete municípios de diferentes Territórios de Identidade (TI), a Educação Profissional Estadual será ofertada pela primeira vez. São eles: São Desidério, no TI da Bacia do Rio Grande; Utinga, no TI da Chapada Diamantina; Ibititá, no TI de Irecê; Conceição da Feira e Santo Estevão, no TI Portal do Sertão; Jandaíra, no TI Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte e São Francisco do Conde, no TI do Recôncavo. Outros municípios poderão ser beneficiados posteriormente.

Pedagógico

O diferencial dos cursos da Rede Estadual de Educação Profissional está na concepção pedagógica. “Os cursos são todos vinculados a uma modalidade técnica específica. Deste modo, o estudante poderá prosseguir, se desejar os estudos. As cargas horárias, entre 240 e 600 horas, foram ampliadas para garantir a introdução de Português e Matemática instrumentais, noções de organização do processo de trabalho, de ética e de direitos do trabalho”, observa Almerico Lima.

O conteúdo técnico envolve prática e conhecimentos científicos e tecnológicos. Assim, o curso de preparação de pescado, por exemplo, terá também como conteúdo, noções de biologia de animais aquáticos, de microbiologia e de segurança alimentar.