Governo baiano apoia projetos de incentivo à leitura no estado

Para ampliar o número de leitores na Bahia, o Governo do Estado, por meio do Programa Pontos de Leitura, premiou 94 iniciativas de acesso ao livro, nesta quarta-feira (18), em cerimônia realizada na Biblioteca Pública do Estado, nos Barris, em Salvador. Foram contempladas entidades selecionadas pelo edital da Fundação Pedro Calmon, que assinaram o Termo de Acordo e Compromisso (TAC) para viabilizar as suas propostas.

A índia da aldeia Kiriri, Roseni Pankaru, de Muquém do São Francisco, elaborou projeto que visa valorizar a cultura indígena dentro e fora da aldeia. “Queremos incentivar a leitura dos índios e aproveitar para valorizar nossa cultura e crença e mostrar aos jovens da aldeia que a cultura indígena é rica e que não eles devem ter vergonha de ser índios”.

Atividades socioculturais

Recursos da ordem de R$ 1,8 milhão estão sendo investidos no programa, sendo R$ 20 mil para cada iniciativa aprovada. De acordo com a coordenadora do Pontos de Cultura, da Fundação Pedro Calmon, Maísa Menezes, a verba é destinada às associações e ONGs e pode ser utilizada na aquisição de livros, gibis, revistas, CDs e DVDs.

Maísa informa ainda que os recursos podem ser usados no apoio às atividades socioculturais e educacionais agregadas à leitura, além da compra de equipamentos e mobiliário para suporte às atividades e outros materiais, como bicicleta, mochilas, carrinhos e malas para ajudar em projetos itinerantes. A quantidade de livros deve corresponder a 70% do acervo adquirido.

De acordo com o edital 04/2011, as iniciativas premiadas comprometem-se a encaminhar, no período de 12 meses, um relatório de análise de resultados e impactos socioculturais, com o número de beneficiados direto e indireto e pesquisa de satisfação do incentivo financeiro investido.

O Prêmio Mais Cultura de Pontos de Leitura da Bahia é uma ação do projeto Mais Cultura, que é fruto do convênio entre o Ministério da Cultura e o Governo do Estado da Bahia, pela Secretaria da Cultura e Fundação Pedro Calmon. Os selecionados pelo edital são representados por pessoa física ou jurídica espalhados pelos diversos territórios de identidade do estado, que desenvolvem atividades voltadas para leitura e preservação da cultura.