Programas direcionam mais 277 jovens para mercado de trabalho

Para reduzir as estatísticas, que indicam maior número de desempregados na faixa etária entre 18 e 30 anos, mais 150 jovens ingressaram no Programa Mais Futuro. Eles terão formação técnico-profissional e, durante dois anos, trabalharão em unidades da rede do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas garantidos.

A aula inaugural foi realizada na tarde desta segunda-feira (1º), no auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde, na parte da manhã, houve também aula inaugural para outros 127 participantes do Programa Jovem Aprendiz.

A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria da Administração do Estado (Saeb), as Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) e, agora, também com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A diferença entre os dois programas é que o Mais Futuro atende jovens entre 18 e 22 anos incompletos, enquanto o Jovem Aprendiz, somente pessoas até 18 anos.

Oportunidade

Aluna do Mais Futuro, Melicia Lorena de Jesus, 18 anos, moradora de Matatu de Brotas, em Salvador, afirma que está difícil conseguir o primeiro emprego, por isto procurou o programa, que conheceu fazendo pesquisa na internet. “Fiz provas de português, matemática e atualidades. Eu espero, agora, adquirir uma experiência profissional. São dois anos e, quando eu sair, espero estar bem capacitada”.

Jéssica Cristina dos Santos, 21 anos, moradora da Ribeira, na Cidade Baixa, também está apostando na oportunidade. “Eu me inscrevi no Mais Futuro porque o contrato é de dois anos, vamos receber um certificado de auxiliar administrativo e também pela oportunidade do primeiro emprego para quem não tem experiência”.

Para a diretora de gestão de qualidade do SAC, Renata Miranda Savoy, órgão que já vem trabalhando com os jovens aprendizes há mais tempo, eles têm dado bom resultado. “Sempre temos uma turma trabalhando no SAC. A gente vê o empenho e a dedicação destes jovens e o reflexo no atendimento”.

Segundo informou, os jovens aprendem qualidade de atendimento, técnica na emissão de vários documentos, relacionamento interpessoal, trabalho em conjunto, entre outras coisas. Para Renata, a oportunidade torna os jovens diferenciados.

“A gente vê que eles entram com esta expectativa de abrir possibilidades para uma vida profissional bastante interessante. Com a diversidade de órgãos pelos quais eles podem passar e aprender, é realmente um diferencial para a vida profissional”.

Vagas são preenchidas por seleção pública

De acordo com a coordenadora-geral do Programa de Aprendizagem das Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), Rita Rios, os jovens passam por seleção pública. “Houve uma prova em novembro do ano passado e nós temos hoje 10.074 estudantes que foram aprovados. A partir do momento que algum órgão demanda o programa, vamos pegando por classificação neste banco de aprendizes”. Ela informa que o concurso tem validade de dois anos. “A gente espera atender a maior parte destes jovens”.

Pelo Mais Futuro, os aprendizes recebem treinamento teórico de mais de 400 horas, dividido em módulos que incluem disciplinas como qualidade no atendimento, administração pública, informática, noções de empreendedorismo e outras. Parte da capacitação teórica é feita nas Voluntárias Sociais e o aprendizado específico diretamente nas unidades de atuação dos jovens, com monitoramento permanente.

Vínculo empregatício

A analista técnica de aprendizagem do CIEE, Carla Renata Dias, disse que a iniciativa da parceria partiu das VSBA. “O CIEE entra na questão de administrar estes contratos”. Ela explica que todos os jovens contratados com base na lei 10.097, conhecida como ‘Lei da Aprendizagem’, possuem a condição de aprendizes e vínculo empregatício.

“Todos eles são funcionários registrados com todos os direitos trabalhistas assegurados”, afirma Carla Renata. Segundo ela, após dois anos de experiência, o currículo dos jovens é inserido no banco de dados do Sistema de Intermediação para o Trabalho (SineBahia). As diretrizes do programa são estabelecidas pelo Decreto Estadual nº 11.139/2008, que regulamenta a contratação de jovens, conforme as determinações da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).