A audiência pública realizada no último sábado (20) para discutir o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do Canteiro Naval e Náutico de Aratu (CNNA) foi aceita e aprovada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibana). O evento, na sede da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), em Simões Filho, teve a participação maciça das comunidades do entorno do empreendimento – mais de 300 pessoas.

Esse foi o primeiro passo para a implantação do canteiro, essencial para a decisão técnica do Ibama quanto à concessão da licença prévia. A previsão é de que o órgão se manifeste sobre o assunto em 60 dias. Sob a responsabilidade da Sudic, autarquia vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), o CNNA consiste na criação de um complexo para implantação de empresas ligadas aos segmentos da indústria naval e náutica.

A previsão é que sejam implantadas três empresas de dobragem e montagem de peças metálicas para plataformas e uma marina para recreação e esportes náuticos. No canteiro, não haverá produção, apenas recebimento de peças para posterior acabamento e montagem, que têm como destino principal montagem e reparos de plataforma de petróleo.

Além disso, o projeto prevê a revitalização da Marina de Aratu e criação de um píer para atracação e carga de navios. Durante a instalação do projeto, serão gerados 500 empregos de diversos níveis de escolaridade e áreas de conhecimento.

Quando estiver com sua capacidade máxima de operação, a previsão é que o CNNA gere três mil empregos aproximadamente. Para a criação do canteiro, foi declarada de utilidade pública uma área de 1,7 milhões de metros quadrados, dividida em 27 lotes, onde serão instaladas as indústrias.

Desapropriação

Ainda no ano de 2013, a área deverá ser desapropriada para a implantação de novos empreendimentos para a Bahia. No sistema viário do CNNA, serão investidos R$ 18 milhões. Além da Sudic, responsável pelo projeto, e do Ibama o CNNA conta com a colaboração das empresas Belov, Niplan, Multitek e Marina Aratu.

Os organizadores convidaram para participar da audiência as prefeituras de Candeias e Simões Filho, ministérios Públicos Federal e Estadual, Fundação Palmares, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), entre outras.