Um balanço das ações realizadas pela gestão do governador Jaques Wagner para o enfrentamento aos efeitos da longa estiagem no semiárido baiano foi apresentado nesta quarta-feira (24), em audiência na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia da Bahia, pelo secretário da Casa Civil do Governo do Estado, Rui Costa, coordenador do Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca.

Durante o evento, o secretário destacou os novos projetos para a região, a exemplo da adutora de Juazeiro, que atenderá a 38 municípios, beneficiando 1,1 milhão de pessoas. Segundo ele, o projeto está ainda em fase de elaboração e, assim que ficar pronto, será feita a licitação para início da obra em Regime Diferenciado de Contratações (RDC).

A adutora, ainda segundo o secretário, vai garantir, inclusive, a segurança hídrica à região de Senhor do Bonfim, uma das mais castigadas pela seca. Inicialmente, apenas com a conclusão da primeira fase do equipamento, cinco municípios serão atendidos, com benefícios para 202 mil pessoas.

Distribuição de água

A construção de 300 novos barreiros na Bahia, prevista ainda para este ano, também está incluída nas ações anunciadas pelo secretário Rui Costa. Será um investimento de R$ 14 milhões, que vai contemplar 50 municípios. Fruto de convênio entre o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e o Ministério da Integração Nacional, a construção dos barreiros tem como objetivo dar capilaridade à distribuição de água.

Rui Costa informou que também serão construídos mais barreiros pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Acrescentou que desses barreiros, 130 unidades já estão em fase de licitação, com investimentos da ordem R$ 7 milhões, beneficiando, principalmente, a agricultura familiar e a população rural.

“É preciso que a água chegue na casa das pessoas e nas plantações. Por isso, os barreiros são tão importantes. A construção de novas barragens não é suficiente para garantir o acesso à água. Não adianta construir barragens sem estudos sobre a viabilidade delas”, disse Rui Costa, complementando que “trabalhamos para a construção de novas barragens, sim, mas, também, para a ampliação da capacidade daquelas que já temos”.

Dentre as ações já concluídas, ele falou da Adutora de Pedras Altas, que abastece 22 municípios e 173 localidades baianas. O investimento corresponde a R$ 59 milhões destinado a um empreendimento que leva água doce a uma população que, antes, era abastecida por água salobra.

Na oportunidade, Rui Costa alertou para a importância do cuidado com a qualidade da água fornecida. “Não basta levar água em quantidade, é preciso assegurar a qualidade deste bem a ser consumido pelas pessoas. Levar água de qualidade é levar saúde à população”, disse.

Máquinas

Ainda segundo Rui Costa, em parceria com os consórcios de municípios em estado de emergência pela seca, serão investidos R$ 25 milhões para aquisição de máquinas para estas entidades. Ele disse que os equipamentos serão entregues nos próximos 60 dias, e enfatizou que “com as máquinas, os consórcios serão capazes de construir barragens subterrâneas, aguadas, barreiros e até estrada”.