Investigadores da 21ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) apreenderam 300 quilos de dinamite na Fazenda Lagoa do Bengo, na zona rural do município de Itapetinga, no sudoeste baiano, durante a terceira etapa da Operação Vulcano, realizada pelo Exército Brasileiro, na quarta-feira (22), com apoio da Polícia Civil. Na propriedade, onde funciona uma mineradora de calcário, também foram encontrados 290 quilos de granulado, 296 espoletas, com estopim, 1.700 metros de cordel detonante, uma espingarda calibre 28, com nove cartuchos deflagrados e dois intactos, além de um caderno de anotações. 

Segundo o delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, titular da 1ª DT/Itapetinga, todo o material explosivo estava armazenado de forma irregular na fazenda. Responsável pela mineradora e filho da proprietária da fazenda, Daniel Porto Marques Guerra, 21 anos, foi autuado em flagrante por posse ilegal de artefato explosivo e de arma de fogo. A dinamite, a espingarda e o restante do material apreendido foram ao Exército, instituição que autoriza a comercialização, o uso, a fabricação e o armazenamento de explosivos no país.

Lançada na terça-feira última (21) pela 6ª Região Militar, a Operação Vulcano III, comandada pelo primeiro tenente do Exército, Paulo Edson Pedrozo, prossegue até este final desta semana, alcançando 26 cidades baianas e seis municípios do estado de Sergipe.

As vistorias acontecem em dependências de empresas, cooperativas e prestadores de serviços que exercem atividades com explosivos, sejam elas de comércio, armazenamento ou manuseio e uso. Nessas incursões, há o cumprimento da Portaria nº 03, do Comando Logístico do Exército, de 10 de maio de 2012, versando sobre a atividade com material de uso controlado.

Operação Vulcano I e I I

No período de 17 a 19 de abril deste ano, um grupo de 38 policiais da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC) e do Departamento de Polícia do Interior (Depin), da Polícia Civil, apreendeu 140 quilos de explosivos e 300 metros de cordel detonante, durante a Operação Vulcano II. Nas 24 cidades visitadas, foram vistoriadas 43 empresas, das quais 20 receberam autuações por algum tipo de irregularidade. Deflagrada pela 6ª Região Militar, além da Polícia Civil, a segunda da operação contou com o apoio da Polícia Militar e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Já a Operação Vulcano I, aconteceu entre os dias 2 e 4 de abril, em 22 cidades baianas, tendo os policiais apreendido 50 quilos de explosivos, além de acessórios como espoletas e cordéis detonantes, encontrados em situação irregular. Das 30 empresas vistoriadas, 14 foram autuadas por falta de controle e segurança dos materiais explosivos. Oito paióis foram lacrados. Um grupo de 60 profissionais da Polícia Civil apoiou o Comando da 6ª Região Militar do Exército nessa etapa da operação.