Com um acervo de mais de nove mil peças que ajudam a preservar e manter vivos os ideais de Irmã Dulce, o núcleo de memória das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), tem atraído a atenção dos turistas que visitam Salvador interessados no grande legado religioso católico da capital baiana e em conhecerem o Santuário Irmã Dulce.

Em funcionamento desde 2003, o Santuário da Bem-aventurada Dulce dos Pobres é um dos templos católicos de Salvador que serão divulgados no estande da Secretaria do Turismo da Bahia (Setur) e da Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa) durante a ExpoCatólica 2013, que acontece a partir desta sexta-feira (19) até o próximo dia 26, no Rio de Janeiro.

A freira baiana morreu em 1992 e foi sepultada inicialmente na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no bairro do Comércio, em Salvador. Em 2000, com o início do processo de beatificação, seus restos mortais foram transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio, localizada na sede das OSID.

Memorial

O santuário está localizado ao lado da sede das OSID, no Largo de Roma, na Cidade Baixa em Salvador, e guarda no memorial peças como o hábito usado por Irmã Dulce, fotografias, documentos, livros, diplomas, medalhas e objetos pessoais. Além de todo esse acervo, os visitantes podem conhecer o quarto onde está uma cadeira na qual ela dormiu por mais de 30 anos por conta de uma promessa.

Com capacidade para abrigar mil pessoas sentadas, a igreja começou a ser erguida em 2002 com a Campanha do Tijolo, no local onde, na década de 40 do século passado, Irmã Dulce construiu o Círculo Operário da Bahia e o Cine Roma. De acordo com dados da Osid, em 2012 cerca de 90 mil pessoas foram ao santuário.

Somente no primeiro trimestre de 2013, mais de 26 mil visitantes estiveram no local. O santuário é visitado por muitos devotos e fiéis baianos, além de turistas de outros estados e do exterior, que deixam o local encantados com a exposição permanente do legado de amor e caridade da freira.

Beatificação

Baiana de Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de l914 e dedicou quase toda a sua vida em defesa dos pobres e desamparados.  Aos 13 anos de idade começou a se interessar pela vida religiosa, quando já atendia pessoas doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré, na capital baiana. Em 1933, ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, em Sergipe. Beatificada em maio de 2011 e, atualmente, em processo de canonização, ela fundou as Obras Sociais Irmã Dulce em 1959, instituição que abriga, hoje, o maior complexo gratuito em saúde do país, com mais de cinco milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.