Mais 147 mil baianos concluem o Programa Todos pela Alfabetização

O programa Todos pela Alfabetização (Topa) entregou, na tarde desta quinta-feira (21), os certificados de mil baianos alfabetizados que representaram, em cerimônia simbólica, os 147 mil alunos da 5ª etapa do Topa, concluída em 2012. Realizado no Centro de Convenções da Bahia, o evento contou com as presenças do governador Jaques Wagner e do secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto.

Maior programa de alfabetização para jovens acima de 15 anos, adultos e idosos do país, o Topa já beneficiou mais de 1,1 milhão de baianos em 407 municípios, atendendo 588 entidades dos movimentos sociais e sindicais. Durante a solenidade foram também divulgados os resultados da terceira e quarta etapas do Prêmio Cosme de Farias, que reconhece as melhores experiências na execução do programa.

Morador do município de Pindaí, Sudoeste do estado, o lavrador Rosalvo Muniz foi um dos representantes de turma que receberam certificados. “Nunca é tarde para estudar e eu vou continuar aprendendo mais”.

Na sexta etapa, 185 mil alunos estão em sala de aula. “Estamos tratando de um público com idade média de 45 anos, o que significa que há 30, 35 anos não tiveram a oportunidade de ir à escola e o que estamos fazendo é resgatar essas pessoas”, afirma Barreto.

Histórico

Criado em 2007 pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, dentro do Programa Brasil Alfabetizado, do Governo Federal, o Topa trabalha sob a perspectiva de que a alfabetização é um direito que não prescreve com a idade.

Estado apresenta menor índice da região Nordeste

O estado deixou de ter as maiores taxas de analfabetismo do país, passando a apresentar o menor índice da região Nordeste. Entre 2007 e 2011, a redução no número de pessoas não alfabetizadas foi de 30%, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para a dona de casa Maria das Graças Conceição, de 61 anos, da cidade de Dias D’ávila, na Região Metropolitana de Salvador, aprender a ler e a escrever através do Topa significou a oportunidade que ela não teve quando jovem. “Saber ler e escrever é bom por vários motivos”.

Prêmio Cosme de Farias

Criado em homenagem ao baiano idealizador da Campanha do ABC e fundador da Liga Baiana contra o Analfabetismo, o Prêmio Cosme de Farias reconheceu as melhores iniciativas de prefeituras, entidades parceiras e alfabetizadores entre 65 inscritos. Foram definidas cinco categorias: município, entidade da sociedade civil, alfabetizador, coordenador de turma e tradutor-intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Os primeiros colocados de cada uma delas recebem, respectivamente, R$ 40 mil, R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil para as duas últimas categorias.

Publicada às 17h50
Atualizada às 19h15