A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) comemora seus 40 anos de fundação com a realização de uma série de projetos de mobilidade urbana para Salvador, sendo um dos mais importantes a implantação dos Corredores Transversais I e II, que irão permitir a ligação direta entre a orla atlântica, o centro da cidade e a orla suburbana, incluindo os bairros periféricos Pirajá, Lobato e Cajazeiras.

Os contratos foram assinados nesta quinta-feira (20), na sede da Companhia, com a presença do secretário de Desenvolvimento Urbano, Manuel Ribeiro Filho, do presidente da Conder, José Ubiratan Cardoso Matos, do diretor de obras estruturantes, Sérgio de Oliveira Silva, além dos representantes as empresas vencedoras das licitações.

A ordem de serviço para a execução das obras será assinada no dia 27 de março, próxima quinta-feira, às 9h, no Centro de Convenções da Bahia.

Juntamente com outros projetos estruturantes, a exemplo da Via Expressa e do Complexo Viário Imbuí-Narandiba, os corredores integram o conjunto de obras que o Governo do Estado está implementando em Salvador com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana.

Além de permitir a melhoria do tráfego de veículos e interligar a zona suburbana e a orla atlântica, os corredores facilitarão o acesso daqueles que utilizam o transporte público para se locomover, incluindo o sistema de metrô, quando este entrar em operação.

Corredor Transversal I

A primeira etapa do Corredor I se encontra em fase de execução através da duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, ligando a orla à Avenida Luís Viana Filho (Paralela).

A continuidade se dará com a ampliação da Avenida Gal Costa, que se estende até o bairro Capelinha, incluindo a construção de três faixas por sentido, três viadutos e dois túneis.

Haverá a implantação de ciclovia com 6,5 km de extensão, além da macro-drenagem dos rios Camurugipe e Pituaçu.

A conclusão do Corredor I, que terá aproximadamente 12 quilômetros, se dará com a requalificação do trecho que vai de Pirajá até a Avenida Suburbana, no bairro Lobato, prevendo a construção de mais seis viadutos, dois túneis e duas faixas em ambos os sentidos.

A licitação para execução das obras foi vencida pelo consórcio Transoceânico Salvador composto pelas empresas Axxo, Constran, Queiroz Galvão e TTC Engenharia, com valor definido em R$ 647 milhões.

Corredor Transversal II

A futura Avenida 29 de Março, que recebe este nome em homenagem à data de fundação de Salvador, vai abranger um canal de tráfego a partir da Avenida Orlando Gomes, passando pelo Centro Tecnológico da Bahia e Alphaville 2 e prosseguindo pelo Vale do Rio Jaguaribe e Via Regional até a região de Águas Claras.

Será, na verdade uma ligação da BR-324, com a Avenida Paralela e, consequentemente, à orla marítima.

Chegando a Águas Claras, nas imediações do viaduto da BA-528, via de acesso ao Porto de Aratu, Base Naval e zona suburbana, a nova avenida passará a ser, em sentido inverso, um corredor praticamente expresso entre a BR-324 e a Paralela, evitando trechos como Iguatemi e Estação Rodoviária, áreas diariamente congestionadas da cidade.

O bairro Cajazeiras também se beneficiará com a obra graças a outros serviços que facilitarão o fluxo de tráfego em toda sua área de influência, notadamente com intervenções na Avenida Artêmio Valente. Particularmente, a área fica congestionada em dias de jogos no Estádio do Barradão e ganhará muito mais mobilidade, uma vez que corredores farão a interligação com a Avenida Paralela.

Ciclovia e áreas verdes

Na construção da Avenida 29 de Março serão investidos mais de R$ 580 milhões. Tanto no trecho da Avenida Orlando Gomes como da Avenida 29 de Março haverá pistas duplas com três faixas por sentido, ciclovias, iluminação e áreas gramadas.

Dois viadutos e uma ponte serão construídos no trecho da Orlando Gomes, enquanto na Avenida 29 de Março haverá quatro viadutos e quatro pontes.

O projeto ainda inclui a implantação de áreas verdes e a requalificação do sistema de iluminação pública, além de ações sociais que vão assistir a mais de duas mil famílias, incluindo a desapropriação de cerca de mil imóveis. De acordo com o planejamento, as obras têm previsão de conclusão em 36 meses.