Os integrantes do Conselho Estadual de Juventude (Cejuve) tiveram a oportunidade de conhecer melhor o Plano Juventude Viva durante reunião ordinária do órgão, na noite de sexta-feira (11), na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A iniciativa contempla 20 municípios baianos, com ações das três esferas de governo (federal, estadual e municipal), voltadas para o enfrentamento da violência contra juventude negra.

O Governo da Bahia aderiu ao Plano em dezembro do ano passado e no último mês de maio foi instituído seu comitê gestor, composto pelas secretarias estaduais de Relações Institucionais (Serin) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), o programa Pacto Pela Vida, Cejuve e o Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN).

Segundo o representante da Serin no grupo, Gabriel Oliveira, o comitê tem três objetivos a curto prazo, sendo que dois estão em fase de finalização – a construção de um plano estadual de combate à violência contra a juventude negra e do sistema online de monitoramento das políticas do Juventude Viva na Bahia.

“Por meio deste último, vamos ter informações precisas de cada ação, programa ou projeto desenvolvidos nos territórios com altos índices de homicídios. Isso vai facilitar o acompanhamento do Trilha, por exemplo, que reúne ações de diversas secretarias do Estado na área da qualificação profissional”, disse Oliveira.

A outra medida é a criação do observatório da violência contra a juventude negra, em discussão, que terá a função de elaborar e analisar dados que dizem respeito à violência contra a juventude negra e acompanhar os casos relacionados junto aos poderes judiciário, legislativo e executivo.

Articuladores

A apresentação contou ainda com a participação dos articuladores do Juventude Viva na Bahia, Geovan Bantu e João Paulo Diogo, e da coordenadora da Rede Juventude Viva, Luciane Reis. O papel dos articuladores, conforme explicado por Bantu, é de facilitar o entendimento do que é o Plano e orientar em relação ao seu desenvolvimento nos territórios, a partir do termo de adesão dos estados e municípios.

Segundo João Paulo, existem quatro passos importantes após a adesão – construção, dialogada com a sociedade civil, de um plano local de combate ao extermínio da juventude negra, um fórum de monitoramento deste plano, um núcleo de ação territorial e a criação de um comitê gestor.

“Temos encaminhado, hoje, no sentido de sensibilizar gestores e sociedade civil para o Plano, avançando na criação de comitês gestores”, enfatizou Bantu. Já a Rede Juventude Viva tem a tarefa de articular e facilitar o diálogo entre a sociedade civil e o governo, para que as ações do Plano atendam as demandas das comunidades contempladas.

GTs

Antes da explanação sobre o Juventude Viva, os grupos de trabalho do Cejuve – Políticas Públicas de Juventude (PPJ); Emancipação Juvenil: Educação, Cultura e Trabalho Decente; Diálogos e Comunicação; Juventude Rural, Povos e Comunidades Tradicionais; e Juventude Viva, Direitos Humanos e Segurança Pública, apresentaram suas propostas para os próximos meses.

Entre elas, estão a construção de um Pacto Pela Juventude, maior divulgação das políticas públicas voltadas para os jovens, seminário sobre o Pacto Pela Vida, com ênfase nas Bases Comunitárias de Segurança, reuniões com instâncias responsáveis por ações no meio rural, encontro sobre juventude, hip hop e trabalho, e mapeamento de pesquisas relacionadas ao segmento.