Representantes de diversos municípios baianos se reúnem, nesta quarta-feira (3), no Encontro Estadual de Políticas para as Mulheres, para discutirem formas de combate à violência de gênero, políticas públicas de igualdade de gênero e outros fatores ligados ao tema. O evento, realizado no auditório da Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), foi organizado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e reuniu também diversos representantes do poder público com o objetivo também de acompanhar e avaliar, município a município, como os gestores têm enfrentado os problemas.

O encontro faz parte da agenda dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, mobilização que acontece em 159 países ao redor do mundo e vai de 25 de novembro até o dia 10 de dezembro, embora na Bahia tenha começado ainda antes, em 20 de novembro, quando se comemorou o Dia da Consciência Negra. A preocupação no combate se dá não só quanto à violência física, mas também sexual, moral, psicológica e patrimonial.

As mobilizações só devem intensificar as atividades que já são realizadas no estado, de acordo com a chefe de gabinete da SPM, Adriana Mármore. “Essa é só uma política que vai incentivar ainda mais o trabalho que o Estado já tem realizado, dialogando com as prefeituras, fomentando a instalação de centros de referência de atendimento à mulher, capacitando profissionais para atender nesses locais e buscando outras estratégias para o enfrentamento a essas questões”.

A ideia do Encontro Estadual foi reunir as prefeituras de municípios baianos que aderiram ao Pacto Nacional Pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que chegam a quase 80. Um deles é a cidade de Itaju de Colônia, representada no evento pela vice-prefeita Célia Andrade, que compartilhou a experiência depois da criação da Coordenação dos Direitos da Mulher, há cerca de três anos. “O papel do órgão é de apoiar as mulheres, não somente na questão da violência, mas como em outros aspectos, como direitos humanos, encaminhando-as para delegacias especializadas, oferecendo acompanhamento jurídico e psicológico e o que mais precisarem para garantir os seus direitos. Isso dá mais coragem às essas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, elas passam a saber que não estão sozinhas, que têm com quem contar”, destacou a vice-prefeita.

Acompanhamento

Acompanhando as iniciativas dos municípios, o estado desenvolveu diversos equipamentos que vão auxiliar mulheres que passam por situação de violência, não só quanto ao enfrentamento, mas atuando na prevenção desses casos, segundo a coordenadora de Ações Temáticas da SPM, Rita Souza. “Temos acompanhado os municípios e aparelhando o Estado para criar uma verdadeira rede de enfrentamento à violência, como os centros de referência, uma unidade itinerante que agora dá apoio especial a comunidades rurais, além da articulações com outras instâncias, como a segurança pública, através das delegacias especializadas, a saúde, com os hospitais públicos, e com a justiça, mobilizando órgãos como o Ministério Público e a Defensoria”.