Chuva
Foto: Paula Fróes/GOVBA

Em continuidade ao monitoramento meteorológico dos municípios atingidos pelas fortes chuvas de dezembro, a Sala de Situação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) detectou a possibilidade do retorno de chuvas intensas no centro-oeste da Bahia neste fim de semana. As condições de tempo vão se manter instáveis em toda a região.

A combinação de um vórtice ciclônico em altos níveis localizado no oceano e a convergência de umidade oriunda da Amazônia proporciona uma maior convecção de umidade em superfície, favorecendo assim a formação de nuvens denominadas cumulonimbus, que são aquelas de grande desenvolvimento vertical e capazes de atingir alturas na faixa de 08 km de altitude, podendo provocar descargas elétricas e trovoadas.

O tempo deverá ficar chuvoso no setor centro-oeste, com chuvas de intensidade fraca a forte pelos próximos três dias, a contar desta quinta-feira (6). Essas informações servem de alerta para os municípios da região acionarem as defesas civis estadual e municipais para adoção das medidas de segurança para a população.

Vistorias técnicas

Em dezembro de 2021, a Sema e o Inema, em conjunto com os órgãos de Proteção e de Defesa Civil, tanto estadual quanto municipal, iniciaram uma operação de fiscalização específica para monitoramento e avaliação de barragens objeto de denúncias e em municípios listados nos alertas meteorológicos do instituto.

Foram realizadas, ainda em dezembro, mais de 50 vistorias técnicas nas barragens e/ou açudes das regiões sul, extremo-Sul e sudoeste. As ações identificaram barramentos de terra (pequeno porte) em situação crítica, com níveis do reservatório no limite ou até mesmo em galgamento (transbordamento), além de problemas estruturais e de manutenção.

Neste momento, com a previsão de fortes chuvas para o centro-oeste, a Sema e o Inema têm mobilizado as equipes técnicas, preferencialmente, para a região, a fim de verificar a possível existência de barragens clandestinas. Segundo o meteorologista Mauro Bernasconi, “já havia incidência de chuvas fortes no centro-oeste desde o início de dezembro, mas aquela região sofre com muito menos impactos se comparado com a região sul, decorrente dos seus solos e rios.

Fonte: Ascom/Inema