Alegria e reforço de renda para comerciantes são destaques do terceiro dia do São João do Pelourinho
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

O São João no Pelourinho chega ao terceiro dia, neste sábado (25), com muita música, dança, alegria e com a oportunidade para muita gente reforçar o orçamento. Realizada pelo Governo do Estado, por meio da Bahiatursa, a festa atraiu milhares de baianos e turistas que se revezaram entre a Sala de Reboco, na Praça da Cruz Caída, onde se dança o autêntico Forró Pé de Serra. A programação ainda pode ser curtida nos largos Tereza Batista, Pedro Archanjo e Quincas Berro D’Água e ainda em frente à Fundação Casa de Jorge Amado, onde está montado o Coreto Largo do Pelourinho. Em cada um desses pontos, diversas atrações não deram chance para o público ficar parado. São exemplos Zelito Miranda, Del Feliz, Balinho de Quinta, Jorge Zarath, Edil Pacheco, entre outros. 

O casal de aposentados Francisco Santa Mônica e Gildete Reis levantou a poeira na Sala de Reboco, ao som da banda Filé de Camarão. “Aqui você tem espaço à vontade e a banda é boa”, elogiou Francisco. Gildete ressaltou que o casal é figurinha fácil no São João do Pelourinho. “Todo ano a gente vem. Com a pandemia, não houve festa nos últimos anos, mas estamos de volta, é muito bom”. Já Daiane Lins, comerciante, foi com as amigas para o Largo Pedro Archanjo. “Eu nunca tinha vindo aqui no São João do Pelô. Estou amando, achando uma maravilha. Super organizado, gente bonita, ambiente bacana”. 

Nas ruas do Pelourinho, os diversos ritmos se misturam aos vários sotaques nacionais e estrangeiros. Kevin Claiton e Fernando Fenho, do Chile, estão pela primeira vez no São João da Bahia. “Eu não conhecia essa festa no Brasil, e estou gostando muito. A cultura daqui é muito boa, eu gostei muito da música do Nordeste, do Forró, eu gosto muito da música”.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Retomada cultural

O forrozeiro Del Feliz animou o Largo Tereza Batista. “Nós tivemos uma pandemia, os artistas foram impactados econômica e emocionalmente, por não podermos fazer aquilo que a gente mais ama, mas aí vem o Governo do Estado com toda a sua sensibilidade e faz o melhor São João de todos os tempos. Eu acho que estava todo mundo com saudades, valeu a pena esperar. E fora a pandemia, nos últimos anos, justiça seja feita, o Governo vem transformando para melhor uma festa que já era tradicional, símbolo de nós baianos e nordestinos. A Bahia é uma referência, um dos maiores festejos juninos do mundo. E o Governo vem investindo, isso é natural”, disse o artista.

Já no Largo Quincas Berro D’Água, a banda Bailinho de Quinta fez o espaço ficar concorrido. O músico Graco, da banda, afirmou que é importante haver essa oportunidade criada pelo Governo do Estado ao oferecer shows gratuitos para baianos e turistas durante o São João. “Para a gente é uma alegria poder voltar para o São João, depois de dois anos, fazendo um repertório junino no Pelourinho, é um êxtase, a gente só tem a agradecer. Eu acho importante que exista um equilíbrio, com shows gratuitos, em diversos locais. Isso é conversado com as pessoas que produzem eventos, fazem festas, para que a economia da cidade fique bacana e a população possa ter acesso à arte com segurança”.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Economia

E realmente não é difícil perceber o impacto dos festejos juninos no Centro Histórico para a economia da cidade, uma vez que comerciantes de diversos bairros trabalham no local. Baianos e turistas transitam para cima e para baixo visitando bares e restaurantes, lojas de roupas, de instrumentos, de adereços. Vendedores ambulantes, caixas de isopor, barracas de comidas típicas. A comerciante Rita Brandão mantém uma casa anexa ao Largo Pedro Archanjo e emprega seis funcionários. “Mas no São João, o número de colaboradores dobra, são 12 trabalhadores para dar conta do movimento.  Nós, que vivemos do comércio, aumentamos nosso faturamento em pelo menos 80% nesses dias. O movimento está surpreendendo e o Governo do Estado ajudou bastante”, enfatizou. 

Antônio Góes é proprietário de um mini-mercado no Pelourinho. Ele diz que emprega quatro pessoas para o trabalho em períodos normais, porém, durante o São João, conta com doze colaboradores. “Nosso faturamento aumenta uma média de 150% a mais nessa época de festa, porque aumenta o fluxo de pessoas, tanto de baianos quanto de turistas. O São João atrai pessoas de todos os lugares, se tem festa, tem alegria”.  

Mais São João da Bahia

O superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, ressaltou que as festas de São João começaram na quinta-feira (23), em Paripe, que encerrou ontem, e também no Pelourinho e no Parque de Exposições, que prosseguem até domingo (26). “E no Parque, voltaremos com mais atrações a partir do dia 30 de junho até o dia 2 de julho. A resposta do público tem sido muito positiva para essa festa muito bem organizada, com segurança para as famílias. A gente tem também uma programação infantil aqui no Centro Histórico, a partir das 11h, e todas essas atrações chamam a atenção também de muitos turistas”. 

A previsão de atrações para este domingo no São João do Pelourinho é a seguinte:

Sala de Reboco

Resfulengo

Flor de Milho 

Wellington Pacheco

Maria Odete

Forró Sobe Poeira

Stilo da Raça

Tereza Batista

Cangaia

Cicinho de Assis

Icaro Mendes

Me Siga

Carlos Pitta

Quincas Berro D´Água

Paulinho Boca

O Pretinho

Pois É

Somos Cinco

Chaveirinho do Arrocha

Samba Junino

Samba dú Papelão

Samba Skorpio

Shalom Adonai e Viola Paraguaçu

Só Samba de Roda

Samba Tororó

Coreto Largo do Pelourinho

Trio Anarrié

Bailinho de quinta

Pedro Sampaio

Forrozão Saperkinha

Forrozão Maria Bonita

Xote de Anjo

Jaguarana

Pedro Arcanjo 

Júlio César

Pinotte

João Almeida

Rafa Mendes

Aloísio Menezes

Obs. – Grade Sujeita a Alteração

Repórter: Raul Rodrigues