Foto: Divulgação/Seplan

O novo ciclo do planejamento do Estado da Bahia, iniciado após a posse do governador Jerônimo Rodrigues, com a atualização dos instrumentos de médio prazo (PPA – Plano Plurianual de Investimentos) e de longo prazo (PDI – Plano de Desenvolvimento Integrado Bahia 2035) pela Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), contará com a colaboração da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Uma reunião realizada, nesta terça-feira (4), na reitoria da Universidade, marcou o início do diálogo entre as duas instituições, com o objetivo de qualificar a visão de desenvolvimento do estado. O encontro contou com as presenças do reitor Paulo Miguez, do vice-reitor, Penildon Silva, e de diversos coordenadores dos institutos de pesquisa e ensino da Ufba, além do superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Muricy, e dos economistas da Diretoria de Planejamento Econômico, Carlos Rodolfo e Lavínia Moura.

Para o reitor da Universidade, Paulo Miguez, a parceria com a Seplan trata-se de uma oportunidade importante para o intercâmbio de conhecimento e experiências. “A Ufba, universidade plena, atuando em todas as áreas do conhecimento científico, da cultura e arte, tem interesse em contribuir para uma visão de longo prazo do desenvolvimento baiano, em uma perspectiva de um novo ciclo, que abarque as diretrizes de inclusão e sustentabilidade, compreendendo que esse debate deve envolver todas as áreas do conhecimento”.

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De acordo com o superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Muricy, está em curso nos 27 Territórios de Identidade da Bahia, que são as unidades de referência para o planejamento e construção de políticas públicas, o processo de escuta social do Plano Plurianual de Investimentos (2024-2027). Ele destaca que esse processo acontece com a realização de plenárias em todos os territórios, tendo como objetivo identificar as principais demandas da população baiana, que são traduzidas em propostas de iniciativas governamentais para solução dos problemas vivenciados no cotidiano, como a aquisição de bens, contratação de serviços, realização de projetos e obras.

“Nossa metodologia que embasa a construção dos instrumentos de planejamento, parte do planejamento estratégico situacional, tendo como referência a contribuição e o legado de pensadores e acadêmicos, como Celso Furtado, Milton Santos e Carlos Matus, especialmente, relacionados à visão de desenvolvimento territorial e ao papel do estado. Aliar os desafios vivenciados pela população baiana à reflexão crítica e ao acúmulo de conhecimento da Ufba, será fundamental para que a gente possa alcançar uma visão de futuro conectada com as constantes transformações nos contextos local, nacional e internacional”.  

Desenvolvimento Integrado

O PDI – Plano de Desenvolvimento Integrado Bahia 2035, um dos instrumentos norteadores da elaboração do PPA, consolida a visão de longo prazo do Estado da Bahia com perspectivas traçadas a partir de 13 eixos estratégicos, que refletem as questões mais relevantes. O PDI traz na pauta a disposição de firmar marcos de políticas públicas de reparação e justiça social, buscando a melhoria da qualidade de vida da população baiana, a partir da elevação dos indicadores sociais, econômicos e ambientais.

Na visão de futuro traçada pelo PDI, destacam-se como bases para o desenvolvimento: a competitividade sistêmica, a melhoria da qualidade de vida, formação cidadã, garantia de direitos, sustentabilidade ambiental e a gestão estratégica. Atualmente, o PDI passa por um processo de revisão com o objetivo de estender a visão de futuro para o ano de 2050. A expectativa é contar com contribuição de diversas entidades da sociedade civil e instituições que desenvolvem conhecimento sobre a Bahia, a exemplo da Ufba.

Eixos do PDI:

  • Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Segurança Pública e Defesa Social
  • Meio Ambiente e Segurança Hídrica
  • Desenvolvimento Produtivo
  •  Educação
  • Desenvolvimento Rural
  • Desenvolvimento Urbano e Rede de Cidades
  • Saúde
  • Igualdade de Raça e Gênero e Povos e Comunidades Tradicionais
  • Assistência Social e Garantia de Direitos
  • Infraestrutura e Logística
  • Cultura
  • Gestão Governamental

Fonte: Ascom/Seplan