Fotos: Adriel Francisco/GOVBA

O Programa Bahia Sem Fome (BSF) e a Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA) encaminharam a criação de uma parceria para fortalecer o atendimento às populações em insegurança alimentar e nutricional no nosso estado. 

A proposta visa realizar ações promotoras de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) que articulem ensino, pesquisa e extensão voltadas à comunidade da UFBA e territórios adjacentes. Espera-se, com isso, fortalecer equipamentos de SAN, estimular doações de alimentos, além de estabelecer ações estruturantes que funcionem a médio e longo prazo.

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Nesta quarta-feira (10), a equipe do BSF se reuniu com docentes e alunos da Faculdade de Nutrição da UFBA para debater a proposta. De acordo com a professora Sandra Chaves, a participação, sobretudo dos estudantes, nesse processo, é uma oportunidade única de aprendizado e experiência profissional, uma vez que eles farão parte da criação de uma grande política pública.

O coordenador do BSF, Tiago Pereira, ressaltou a importância das universidades na luta contra o flagelo da fome. “Temos clareza de que precisamos muito das universidades, em especial desta e da sua Escola de Nutrição”, disse.

Pelos próximos quatro anos, a UFBA deve ajudar o Programa na estratificação dos dados da fome nos 27 territórios de identidade  baianos, bem como no monitoramento dos indicadores de insegurança alimentar, para avaliar a eficácia das ações que serão implementadas. 

Na atual etapa do Programa, que consiste  na arrecadação e doação de donativos, já foram doadas 500 toneladas de alimentos e distribuídas cerca de 300, que chegaram a quem mais precisa através das organizações sociais. 

Hoje, a Bahia possui 2,9% da sua população em situação de insegurança alimentar grave,  predominantemente nos grandes bolsões urbanos. A meta do BSF para os próximos quatro anos é reduzir em 50% esse número. 

É sempre bom ressaltar que, além das ações emergenciais, o Programa Bahia Sem Fome tem no seu escopo a criação de medidas estruturantes, que envolvem diferentes eixos, como criação de emprego, distribuição de renda e acesso à água.