Foto: Divulgação/Bahia Sem Fome

Em entrevista ao programa Mural da Manhã, do Portal Desacato, na manhã desta segunda-feira (12), o coordenador do Bahia Sem Fome (BSF), Tiago Pereira, apresentou o modelo de luta do Governo do Estado da Bahia de combate à insegurança alimentar.

Ele destacou que o Programa surge a partir dos anseios das populações e é fruto de um processo de escuta. Enquanto que, do ponto de vista da macro política, bebe do referencial do Fome Zero e do Plano Brasil Sem Miséria, que tiraram o país do Mapa da Fome entre os anos de 2013 e 2014.

“Nós temos um programa estruturado em eixos, que não é meramente assistencial, mas prevê um conjunto de ações estruturantes. As pessoas não querem apenas ter o acesso ao alimento, mas, também, oportunidade de geração renda, emprego e inclusão no processo produtivo”, destacou Tiago.

O BSF é composto pelos seguintes eixos: Transferência de Renda, Inclusão Socioprodutiva, Abastecimento Alimentar, Abastecimento Hídrico, Acesso a Serviços por meio da Rede de Equipamentos Públicos e Integrados, Gestão do SISAN no Estado, além de apoio aos Municípios e Participação Popular. 

Ele envolve as 27 Secretarias de Estado, órgãos públicos, forças de segurança e possui caráter transversal, interssetorial e sistêmico. Nessa primeira fase, que consiste na arrecadação e doação de alimentos, o BSF já arrecadou 700 toneladas de donativos e entregou cerca de 600 toneladas.

Ainda conforme o coordenador, transformar o BSF numa política pública trará um maior alcance do ponto de vista orçamentário, além de tornar o Programa perene. “O decreto é frágil, por isso é nossa prioridade transformar o Bahia Sem Fome em política pública, para que seja algo perene, transcenda os governos e a gente consiga gerar oportunidades para as pessoas”, disse.

Reforçando a necessidade de transformar o BSF numa política pública, ele lembra que foram iniciativas dessa natureza que minimizaram o impacto da seca na vida da população do campo na Bahia.

Mudanças históricas

Apesar de nos últimos anos o país ter vivido questões políticas e sociais que o trouxeram de volta ao Mapa da Fome, afetando sobretudo as populações rurais, na Bahia as ações de governo implementadas pelas frentes progressistas no campo surtiram efeito. 

Hoje, no estado, a grande maioria dos 12,8%, ou 1,8 milhão de baianos e baianas que se encontram em situação de fome extrema, estão nos chamados bolsões urbanos. Ainda que o número de pessoas em insegurança alimentar seja alarmante, ele está abaixo dos 21% do Nordeste e dos mais de 15% do Brasil.

“Aqui na Bahia, temos uma sequência histórica de administração de uma frente progressista que tem mudado a realidade do estado. Ao montar a estrutura de governo, o governador Jerônimo coloca na centralidade das ações o combate à fome e agora estamos trabalhando ações para beneficiar também quem vive nas grandes cidades”, afirmou Tiago.

Para conferir a entrevista completa, basta acessar este link.

Fonte: Ascom/Bahia Sem Fome