Pesquisador baiano desenvolve tecnologia para controle de secagem do gesso
Foto: Divulgação/Secti

O gesso é um material muito utilizado na construção civil para revestimentos, criação de elementos decorativos, acabamento de interiores, entre outros propósitos. No entanto, uma das preocupações é a certeza de que o gesso está completamente seco. Para solucionar esse desafio, um pesquisador da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Campus Juazeiro, Lucas de Souza, com orientação de Andréa de Vasconcelos, desenvolveu sistemas que indicam o momento exato que o material atinge a secagem adequada. O propósito do projeto é otimizar o tempo e a eficiência dos processos na construção civil.

Lucas explica que uma das tecnologias é um indicador de secagem que funciona através da adição de uma solução na pasta de gesso. “Quando vai preparar o revestimento de gesso para ser aplicado na parede é adicionada uma solução de indicador ácido base. Isso faz com que a coloração do gesso mude de cor em função da presença de umidade. Inicialmente, quando há umidade na amostra de gesso, a coloração é roxa. À medida que o gesso vai secando, essa coloração se transforma em um tom amarelo-esverdeado”.

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Além do indicador de secagem, o pesquisador desenvolveu o sensor optoeletrônico para otimizar a verificação da secagem. “Em conjunto com o indicador ácido base, nós criamos também um sensor optoeletrônico que consegue mensurar o tempo de secagem. Esse dispositivo faz a mensuração dessa variação de cor. A pessoa coloca o equipamento na superfície da parede para verificar quantitativamente em qual fase está a secagem do revestimento”, diz.

O projeto tem parceria da Gesso Mineral e do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE). “Nossa pesquisa é relevante para indústria, pois sabemos que tempo é dinheiro e as empresas estão buscando cada vez mais otimizar o tempo de execução de cada etapa da construção civil. Se ela reduz o tempo de obra, ela economiza e, consequentemente, aumenta o lucro. Agora, a próxima etapa é desenvolver a parte do dispositivo autoeletrônico em escala industrial”, projeta Lucas.

Fonte: Ascom/Secti