Serpesca traça panorama da pesca artesanal baiana
Foto: Divulgação

O diretor técnico da Bahia Pesca, Josafá Marinho, apresentou nesta quarta-feira (20), o relatório de resultados dos Seminários Regionais de Planejamento das Políticas Públicas para a Pesca Artesanal (Serpesca). A apresentação foi realizada na sede da empresa e contou com a participação do corpo técnico e do presidente Daniel Victória. Na segunda-feira (18), uma cópia do relatório foi entregue ao chefe de gabinete do governador Jerônimo Rodrigues, Adolpho Loyola.

O Serpesca foi criado com o intuito de servir de ponte de diálogo entre o as lideranças do setor e o Governo do Estado para fazer um diagnóstico da situação da pesca artesanal na Bahia e orientar na construção de políticas públicas mais eficientes e na melhor utilização dos recursos.

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Na prática, este objetivo de concretizou mediante à adoção de um processo de escuta realizado junto às entidades de pesca em todo o Estado através de sete seminários realizados em sete municípios, cada um representando um conjunto de territórios de identidade.

Os encontros foram realizados em Ibotirama, no Oeste, dia 25 de outubro; Juazeiro (norte), em 31/10; Alcobaça (extremo sul), 7/11; Camamu (baixo sul), 09/11; Salinas da Margarida (Região Metropolitana de Salvador), 21/11; Santo Amaro (recôncavo baiano), 23/11, e Salvador (28/11).

“Ao todo os seminários tiveram a participação de mais de 500 lideranças de 130 entidades de pesca distribuídas em 68 municípios de 15 territórios de identidade, representando mais de 83 mil pescadoras, pescadores, marisqueiras e marisqueiros”, resumiu Josafá.

As mulheres representam a maioria dos associados destas entidades, com 54,6% do total, enquanto 46,4% são homens.

Durante o proceso de escuta, os participantes tiveram a oportunidade de se manifestarem verbalmente em relação às principais demandas da categoria, e também foram orientados a registrar descrições de problemas e sugestões para resolvê-los em um formulário para cada um dos seguintes eixos temáticos: infraestrutra, conflitos pelo uso dos recursos pesqueiros, meio ambiente, educação, saúde, gestão da entidade, esporte e cultura.

Os dados extraídos do formulário ainda estão em fase de compilação, mas já é possível destacar algumas das principais demandas abordadas, como a necessidade de intervenção contra a pesca com bomba no baixo sul e na região metropolitana de Salvador; a implementação de cursos técnicos e de alfabetização; e a adoção de programas de prevenção e tratamento da dependência química, da depressão e do câncer de pele em todas as regiões.

O Serpesca 2023 foi realizado pela Bahia Pesca com o apoio das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, Políticas para as Mulheres e Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, além do programa Bahia Sem Fome, da Superintendência de Desportos da Bahia (Sudesb) e da Cooperativa de Trabalho e Serviço (CTS).

Fonte: Ascom/Bahia Pesca