Foto: Raimundo Laranjeira

Celebrando 26 anos de carreira em 2024, os músicos da banda Batifun foram a grande atração do Largo Quincas Berro d’Água na noite deste domingo de Carnaval (11). Com muito samba raiz e partido alto, a banda transformou o Pelourinho na apoteose do samba, contagiando o público com clássicos da música brasileira que não deixaram ninguém parado.

Tarimbado, o grupo presenteou os foliões com um repertório extremamente selecionado, fazendo um passeio por grandes hits da MPB, em versões adaptadas para o samba, além de visitar seu trabalho autoral, que, pela qualidade das composições e melodias, já foi contemplado, em 2007, com um troféu Caymmi – importante premiação da música baiana à época – como melhor CD de Samba.

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Foto: Raimundo Laranjeira

Para Lorena Simas, enfermeira, moradora de Feira de Santana, curtir o Batifun no Carnaval é como tomar um remédio que cura a alma. “A gente pode estar triste, com a cabeça cheia. Mas, aí, é só pisar aqui, no Centro Histórico, e encontrar esses artistas, com seu samba maravilhoso, que parece que fui medicada com doses de felicidade”, brincou.

Com mais de cinquenta anos de experiência carnavalesca, Paulo Souza, cenógrafo soteropolitano, conta que o Carnaval do Pelô melhorou com o passar do tempo.

Foto: Raimundo Laranjeira

“Nada se compara ao presente. A festa é grande mesmo, com muitos espaços para todos os gostos, e sempre organizada, segura”, explicou. Para ele, a programação do Quincas Berro d’Água tem sido imbatível. “Venho todas as noites, só vou embora quando acaba. Hoje está espetacular. Sou muito fã desses caras”, festejou.  

Para os músicos da Batifun – Marcelo Timbó, Fernando Rufino e Júnior Luiz -, fazer samba no Carnaval é um presente e uma honra, especialmente num lugar como o Pelourinho. “É um circuito especial demais para todos nós. O Centro Histórico é nossa terra, um lugar de memória e história, onde o nosso samba sabe que está em casa”, contaram os artistas.

Com o tema “50 Anos de Blocos Afro. Nossa Energia é Ancestral”, o Carnaval 2024, promovido pelo Governo do Estado, enaltece um dos principais pilares do Carnaval da Bahia: a herança africana e a expressão afro-brasileira.