Foto: Divulgação/Sefaz

A Auditoria Geral do Estado da Bahia (AGE) acaba de alcançar o nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM) para o setor público, passando a integrar grupo restrito de instituições que lideram no país a adoção de práticas de auditoria interna baseadas neste conjunto de padrões internacionais. O resultado final da validação, promovida pelo Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), foi definido nesta quarta-feira (6), após visita de avaliação externa realizada nos últimos dias por representantes de outras instituições públicas que atestaram o modelo baiano com base na estratégia de validação por pares.

O Modelo de Capacidade é, atualmente, a ferramenta estratégica recomendada aos integrantes do Conaci. Tem o objetivo de validar a atividade de auditoria interna governamental no Brasil, mediante pré-requisitos definidos a partir de parceria instituída desde 2014 entre o Conselho e o Banco Mundial.

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A equipe de avaliadores do Conaci, reunindo a auditora da Controladoria Geral do Estado do Mato Grosso do Sul, Carla Guimarães, e o auditor da Controladoria Geral da Prefeitura de Belo Horizonte, Renato Marciano da Silva, foi responsável por avaliar e validar toda a documentação apresentada pela AGE-BA para a conquista da instituição baiana.

Melhores práticas globais

“A certificação no nível 2 do Modelo de Capacidade IA-CM representa o reconhecimento à excelência da atividade de auditoria interna governamental realizada pela AGE, agregando valor à gestão pública”, explica o auditor-geral do Estado, Luis Augusto Rocha. A ferramenta de avaliação, segundo ele, objetiva atestar a capacidade de atuação do órgão e fortalecer a atividade de auditoria interna governamental exercida no âmbito de cada Estado.

“A avaliação externa é o coroamento de um esforço que vem sendo desenvolvido há dois anos com a adequação dos nossos modelos de trabalho e de procedimentos, além da capacitação das equipes de auditoria”, complementa Cláudia Seabra, coordenadora de Auditoria Governamental.

Vantagens

O Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM) para o setor público desenvolvido pelo Instituto dos Auditores Internos (IIA), com apoio do Banco Mundial, é um modelo internacionalmente reconhecido que identifica os fundamentos necessários para uma auditoria interna efetiva, de modo a atender às necessidades da administração da organização e às expectativas profissionais da função. O modelo é universal e baseado em práticas líderes que podem ser aplicadas globalmente, além de ser uma ferramenta estratégica para auto avaliação e avaliações externas e um roteiro para melhoria e desenvolvimento ordenados.

O modelo está estruturado em matriz que contém cinco níveis de maturidade, seis elementos de auditoria e 41 macroprocessos chaves vinculados a esses níveis e elementos. Cada macroprocesso tem um objetivo específico e identifica as atividades essenciais que devem ser colocadas em prática e sustentadas. Para alcançar um nível de maturidade, é necessário que todos os macroprocessos desta etapa estejam institucionalizados, ou seja, absorvidos na cultura da unidade de auditoria interna.

Entre as vantagens da certificação pelo IA-CM estão: a mudança de cultura da organização, o aumento da produtividade e padronização de procedimentos, o melhor diálogo com outros órgãos de controle, a ampliação do grau de confiança da sociedade no processo de tomada de decisões e também a melhoria da qualidade dos relatórios de auditoria, gerando maior segurança para os gestores.

Fonte: Ascom/Sefaz-BA