Plano Ferroviário da Bahia é apresentado como vetor de desenvolvimento regional
Fotos: Lino Carneiro - Casa Civil/GOVBA

Pensar o futuro da Bahia nos próximos 25 anos tem sido um desafio compartilhado pelo Governo do Estado, através da Secretaria do Planejamento – Seplan, que coordena a atualização do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) com a estratégia de longo prazo Bahia 2050. Um dos principais instrumentos elaborados no âmbito da gestão estadual que dialoga com o PDI é o Plano Ferroviário da Bahia, apresentado pelo secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, ao secretário da Casa Civil, Afonso Florence, em reunião realizada nesta quinta-feira (20), no CAB, que contou com a participação de gestores e técnicos das duas pastas.

O secretário do Planejamento destacou que a agenda das ferrovias está na ordem do dia e a união de esforços da gestão estadual com o setor produtivo é fundamental para a Bahia modernizar sua rede de infraestrutura e logística. A parceria com o Governo Federal, responsável pelo Novo PAC e o Plano Nacional de Logística, cuja meta é expandir a participação do modal ferroviário no transporte de cargas no país de 20% para 40%, até o ano de 2035, representa uma oportunidade para a Bahia desenvolver uma visão de transporte multimodal sustentável, de acordo com o titular da Seplan.

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“A Bahia tem se destacado na gestão do governador Jerônimo Rodrigues tanto pela ampliação dos recursos para a área social, como pela atração de empreendimentos que investem em tecnologia e sustentabilidade, além das políticas de fortalecimento das agroindústrias na região do semiárido. Mas para aumentarmos a competitividade da economia baiana e, consequentemente, impulsionar o crescimento com geração de emprego e renda para a população, é fundamental que tenhamos como meta transformar a Bahia em um estado referência em logística pela sua localização privilegiada. Essa é a principal contribuição do Plano Ferroviário”, defende Peixoto.

Isolamento Logístico e Fuga de Cargas

No cenário atual, o Plano Ferroviário aponta que a Bahia tem como principal ameaça o isolamento logístico e a fuga de cargas, como vem ocorrendo com 25% soja baiana escoada pelo Porto de Itaqui no Maranhão e 25% da carga transportada em contêineres, que segue para a região Sul e Sudeste. Outro dado relevante é que os portos de Fortaleza, Pecém e Natal captam 73% das frutas baianas para exportação, de acordo com os estudos iniciados em 2022 e realizados em duas etapas pela Fundação Dom Cabral, em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento.

Durante a apresentação, o secretário da Seplan detalhou as duas malhas propostas interligadas aos dois principais corredores ferroviários do país: Oeste-Leste e Norte-Sul. A primeira formada pelas ferrovias Fico-Fiol liga a região Centro-Oeste, origem de mais de 120 milhões de toneladas úteis, principalmente grãos e minérios, aos portos da Baía de Todos os Santos – BTS, aproximando diversas regiões do estado, entre elas: Oeste, Sudoeste e Recôncavo Baiano.

Já a segunda malha ferroviária propõe a requalificação do trecho da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) na Bahia, fazendo a conexão da região norte do estado, produtora de frutas e novas províncias minerais, com a Região Metropolitana de Salvador, mais precisamente o Porto de Aratu.

Arranjos Produtivos Locais

A segunda etapa dos estudos ressalta a contribuição do modal ferroviário como um vetor fundamental para dinamizar o desenvolvimento regional, fortalecendo os arranjos produtivos locais (APLs) identificados em 18 municípios, que combinam atividade econômica, densidade populacional e serviços especializados em logística.

Fonte: Ascom/Seplan