Foto: Bruno Hierro

O Arraiá Elas à Frente, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), no São João da Bahia 2024 é mais do que um simples espaço, é um abrigo para mulheres em situação de vulnerabilidade. Com o apoio e atenção necessários para que elas se sintam seguras e amparadas em um momento de importunação sexual, o ambiente oferece atividades integrativas, acolhimento psicológico e ações para promover o bem estar das mulheres no evento.

O espaço funciona em frente à Praça de Alimentação, desde o dia 13 de junho, no Parque de Exposição de Salvador. E, apesar de ter sido criado para combater a violência contra as mulheres em eventos populares, a superintendente de inclusão da SPM, Luciana Mandelli, ressalta que o enfrentamento faz-se necessário em todos os lugares da sociedade, para evitar que abusos e importunações contra as mulheres sejam naturalizados. A arma utilizada pela secretaria é a conscientização.

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Foto: Bruno Hierro

“A gente sabe que tem uma certa cultura do machismo que precisamos combater, que é o toque indesejado, a importunação sexual, a cantada que passa do limite. Então, nesse espaço, a gente consegue acolher e orientar as mulheres. Alem desse ambiente de ação, temos a campanha  ‘Oxe, me respeite!’, de conscientização para prevenção, porque não queremos que isso aconteça. Queremos que os festejos promovidos pelo Estado sejam ambientes seguros para as mulheres se divertirem”, enfatizou Luciana.

Presente na segunda semana do São João da Bahia, o vice-governador Geraldo Júnior falou sobre a importância do combate à violência de gênero: “temos o enfrentamento à violência de gênero, com o ‘Elas a frente’, o apoio ao empreendedorismo feminino e o ‘Cuidar de quem cuida gente’. Ou seja, além de cuidar das mulheres que vêm curtir a festa, temos o dever de proteger as trabalhadoras que atuam aqui. É uma ação transversal do Governo para que tenhamos o melhor São João da Bahia”. 

Foto: Bruno Hierro

A estrutura montada no parque conta com profissionais de diversas áreas, prontos para oferecer à comunidade feminina o melhor serviço de apoio. A ideia é proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para as mulheres que estão passando por situações de violência. “Queremos que elas saibam que não estão sozinhas e que há profissionais capacitados e dispostos a ajudá-las”, garante Mandelli.

Foto: Bruno Hierro

Bianca Reis, 29 anos, trancista, expressou a tranquilidade em curtir o São João em um local onde sabe que pode contar com ajuda em caso de necessidade. “Ter um espaço, um acolhimento, pessoas perguntando se estamos bem, dando todo o suporte, isso traz segurança para o nosso trabalho”, afirmou.

Brenda Souza, empreendedora trans, fez questão de agradecer o apoio à SPM: “a segurança que a gente está tendo aqui no espaço é maravilhosa. Só gratidão”. 

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