Revelação e Vitória conquistam o bicampeonato da Copa Loreta Valadares
Foto: João Ubaldo/Ascom Sudesb

O futebol feminino baiano segue em uma crescente, ano após ano, com disputas em grandes estádios, belos uniformes e muita técnica, além da raça garantida dos confrontos. Essa foi a tônica da Copa Loreta Valadares de Futebol Feminino 2024 finalizada no último domingo (15) no Estádio de Pituaçu, em Salvador. Em campo, as jogadoras das categorias sub-17 do Vitória, e adulta da Revelação, de Santo Amaro, conquistaram o bicampeonato.

A coordenadora do Núcleo Mais Mulheres no Esporte da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Juliana Camões, comenta que a competição foi um sucesso por mais um ano no desenvolvimento do futebol feminino baiano, oportunizando a presença feminina no meio esportivo, área da sua coordenação na autarquia estadual.

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Foto: João Ubaldo/Ascom Sudesb

“Ao todo, 30 equipes e mais de 400 jogadoras atuaram em quatro campos de Salvador e Lauro de Freitas. A presença feminina no esporte é muito importante, inclusive em uma modalidade que por muito tempo foi direcionada apenas ao público masculino. Agora, demostramos a força do futebol feminino baiano, desde a base até as adultas, desde os projetos sociais ao clubes. A Copa Loreta Valadares já é um sucesso”, afirma Juliana.

Para essas jogadoras, quando começaram as partidas, a única certeza é que o que haviam passado no campeonato ficou para trás e que os duelos seriam definidos nos 90 minutos ou pênaltis. Mas, as representantes de Santo Amaro estavam empolgadas com goleadas nas quartas de final e semifinais contra, respectivamente, Abrantes por 5×0 e Misturadas 4×1, reeditando a final do ano passado. Dessa vez, o time venceu o Saracity por 2×0.

Foto: João Ubaldo/Ascom Sudesb

A goleira destaque, Carla Cristina, e a melhor jogadora, Manuela de Jesus, faziam parte do elenco santoamarense, enquanto a artilheira Helen Queiroz, com nove gols, representou o time do Remo FC. Com apenas um empate e nenhuma derrota, a equipe Revelação também teve o melhor ataque da categoria adulta com 19 gols a favor e um grande saldo de gols (16), sofrendo apenas três durante toda a competição, em que conquistou o título invicto.

Categorias de Base

A novidade da nova categoria de base foi um dos destaques do torneio para Juliana. “O número de jogadoras e abrangência do torneio foram graças à nova categoria de base, que traz um público de ainda maior amplitude em idade, classe social e locais da nossa Bahia, com representantes da capital, da Região Metropolitana e do Recôncavo Baiano. As jogadoras já estão em desenvolvimento nos seus clubes ou em projetos sociais podendo ser alavancadas para novos clubes e contratos profissionais.”

Foto: João Ubaldo/Ascom Sudesb

Neste cenário, o Vitória também conseguiu levantar a taça pelo segundo ano consecutivo na categoria sub-17 e pela primeira vez na competição sub-15, ambas diante do rival Boca Junior. No ano passado, o rubro negro baiano havia vencido o Centro de Formação de Futebol da Bahia (CFFB). Desta vez, elas ganharam do Boca Junior por 2×1 na final do sub-17, com 17 gols marcados e apenas o sofrido na final. Já a fase de grupos da categoria sub-15 foi finalizada no dia 1º de dezembro, com o Vitória ganhando todas as partidas em um total de 14 gols marcados e apenas um sofrido.

Na categoria sub-17, todas as premiações individuais ficaram com o rubro negro: Milena Santos foi a jogadora destaque e a artilheira, com sete gols marcados; e Iara Alves foi a goleira menos vazada, sofrendo apenas um gol. No sub-15, a goleira menos vazada foi Milena Barreto, do Boca Juniors; a melhor goleira foi Yasmin Azevedo, do Vitória; a jogadora destaque foi Maira Cauane, do Vitória; a atleta revelação foi Shayene Santos, do Remo FC; e as artilheiras, com quatro gols, foram Maria Luiza, do Boca Junior, e Maira.

Foto: João Ubaldo/Ascom Sudesb

Copa Loreta Valadares – Membra da Comissão Técnica da competição, a ex-jogadora Dilma Mendes pontua estar muito satisfeita com o resultado do projeto no qual fez parte da construção e está à frente desde a primeira edição em 2022. “Nem nos melhores sonhos, poderia imaginar entregar mais uma edição da Copa Loreta, que a cada ano trazemos ações dentro e fora dos campos. A Copa não é só sobre futebol. Ela traz a certeza de sonhos que podem ser concretizados por meio do combate ao racismo no futebol feminino e das políticas públicas com inserção de novas categorias de base”, comenta Dilma.

Promovida pelo Governo do Estado da Bahia, através da Sudesb, autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio da Coordenação de Excelência Esportiva (CEEP) e do Núcleo Mais Mulheres no Esporte, com o apoio da Federação Baiana de Futebol (FBF) e em parceria com a Federação Baiana de Desporto de Participação (FBDP), a Copa Loreta Valadares, assim como a Copa 2 de Julho, por exemplo, já está marcada no calendário do futebol baiano, de acordo com Sinval Vieira, coordenador de Excelência Esportiva da Sudesb e coordenador da competição.

Foto: João Ubaldo/Ascom Sudesb

“A Sudesb se preocupa com o futebol baiano, tanto masculino quanto feminino, desde as categorias de base até o apoio aos jogadores e ex-jogadores profissionais. A Copa Loreta é mais uma das nossas políticas públicas de fomento e suporte ao esporte, principalmente o futebol, para descoberta de novos talentos e seus respectivos aprimoramentos técnicos para o desenvolvimento do futebol como um todo”, acrescenta Sinval.

Resgate histórico – Além das partidas das equipes finalistas das categorias sub 17 e adultas, o público presente pôde acompanhar ao jogo de atletas pioneiras do futebol feminino baiano, com a presença de craques como Dilma Mendes, Iara Pereira, Lívia Ferreira, Aline Lima, Laura, Rosana Vigas, Rosane Oliveira, dentre outras. Uma das premissas da competição da Sudesb é enaltecer o histórico da modalidade no estado neste intercâmbio entre o passado, o presente e o futuro do futebol feminino da Bahia.

“A Copa Loreta deixa assertivos legados com a história de oportunidades às meninas, mulheres e atletas de projetos sociais. O futebol feminino da várzea e da periferia estavam invisibilizados. A copa traz esse resgate a nossa história, em que cada projeto possa dar voos mais alto para os grandes clubes. Essa é uma das muitas missões da Copa Loreta”, finaliza a ex-jogadora que esteve presente na partida e nas finais.

Fonte: Ascom/Sudesb