Após seis meses prestando o serviço de coleta e tratamento de esgoto doméstico em Canápolis, no oeste da Bahia, a Embasa ampliou o atendimento para todos os imóveis da sede municipal. Ao todo, 1,3 mil residências estão com ponto da rede coletora de esgoto disponibilizado na calçada. Barreiras, Ibotirama e Muquém do São Francisco são outras cidades da região que já dispõem do serviço, mas ainda sem a cobertura total.

Para a remuneração do serviço e manutenção do sistema de esgotamento sanitário, cerca de 70% da população de Canápolis paga tarifa mínima, ou seja, não excede o valor de R$ 15,52 mensais correspondente a 80% da conta de água, referente à tarifa normal, que custa R$ 19,40 na faixa de consumo mínima (até dez metros cúbicos).

Os cadastrados na tarifa social da empresa (inscritos no programa Bolsa Família) irão pagar R$ 6,96 mensais pelo serviço de esgoto. No caso da tarifa intermediária, o valor ficará em R$ 13,68.

De acordo com a Embasa, a remuneração está respaldada nas leis nacional e estadual de saneamento básico, que permitem a cobrança de 80% do valor da tarifa de água para manutenção dos equipamentos, pagamento de profissionais e técnicos, coordenação dos índices e das análises mensais da eficiência do tratamento de esgoto, além do custo da energia elétrica para fazer funcionar as bombas do sistema.

Impacto menor na renda mensal

Segundo o gerente regional da Embasa, Francisco Araújo Andrade, “ao se comparar com [outros] serviços públicos, como energia elétrica, gás e telefonia móvel, o serviço básico de água e esgoto tem impacto muito menor na renda familiar mensal”.

A equipe social da Embasa promoveu palestras com profissionais da saúde, educação e assistência social sobre o funcionamento do sistema e o uso correto da rede de esgotamento sanitário. A equipe também visitou a população para assinatura das notificações referentes à ligação dos imóveis à rede no prazo de 90 dias, como estipula a legislação.

Com investimento de R$ 4 milhões, a rede em Canápolis foi implantada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). O sistema tem 9,8 quilômetros de rede coletora, duas estações elevatórias – responsáveis pelo bombeamento – e uma estação de tratamento de esgoto.