Uma delegação de técnicos do Ministério de Inclusão Social e Econômica e também do Instituto Nacional de Economia Popular e Solidária do Equador encontra-se em Salvador para conhecer detalhes da política de Economia Solidária da Bahia que, a partir de 2007, por meio de editais, vem conquistando resultados práticos para os empreendimentos apoiados pelo Governo do Estado na capital e interior.

Os técnicos estão acompanhados de Vittorio Chimienti, coordenador no Brasil do Programa Eurosocial, e de José da Boa Morte, coordenador de Economia Solidária da Superintendência Regional do Trabalho Emprego e Renda SRTE/BA.

Eles visitaram a Cooperativa de Reciclagem (Camapet), a incubadora de Finanças Solidária da Universidade Federal da Bahia (Ufba); e de Incubadoras de Redes de Costura do Instituto Federal Bahiano (Ifba).

Recebidos pelo secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, eles conheceram como o Governo da Bahia desenvolve a política estadual para este setor por meio da Superintendência de Economia Solidária (Sesol).

Fomento

Apoio para criação de centros públicos de economia solidária; publicação de editais de fomento a empreendimentos; suporte técnico e formação; realização de feiras de economia solidária; disponibilização de programas de microcrédito; constituição do Conselho Estadual de Economia Solidária da Bahia e aprovação e regulamentação da lei estadual de economia solidária são algumas das conquistas asseguradas para esse segmento baiano a partir de 2007.

Compõem a comitiva os técnicos Amélia Alejandra, Valéria Alexandra, Vanessa Khaterine, Carmen Eugenia, Diego Vinicio, Mariel e Raul Zurita. Eles participam de um programa regional de cooperação técnica da Comissão Européia para a Promoção da Coesão Social na América Latina.
 

Construção

O diretor-geral do Instituto de Economia Popular e Solidária do Equador, Raul Zurita, fez um relato da economia solidária no seu país. “A economia solidária no Equador ainda é uma coisa nova. Está começando a engatinhar. A Lei nacional foi aprovada em 2011, mas somente no ano passado foi regulamentada. Estamos num processo de construção, mas conseguimos grandes avanços”.

Ele disse que, atualmente, a economia popular e solidária do Equador gera em torno de 60% do emprego ao ano; representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB), e participa de 5% das compras públicas.

No Equador é lei: todo fardamento distribuído nas escolas públicas é comprado de empreendimentos solidários. “Também a alimentação para os hospitais e os quartéis das forças armadas são produzidos por pequenos agricultores”, explica Zurita.
 

Intercâmbio

O coordenador no Brasil do Programa Eurosocial, Vittorio Chimietti sugeriu um intercâmbio entre a equipe da Sesol com os técnicos do Equador, que possibilite viagens dos profissionais baianos ao Equador e outras visitas dos equatorianos à Bahia e ao Brasil.

O secretário Nilton Vasconcelos explicou que isso é possível, e lembrou a experiência feita pela Setre com a República Dominicana, que, com apoio do Ministério das Relações Exteriores, levou a experiência do SineBahia para aquele país caribenho.