Mesmo enfrentando a crise dos aeroportos e a falência da Varig, a Bahia registrou em 2006 um crescimento de 28,7% no fluxo de turistas estrangeiros, em relação ao ano anterior, contrariando a tendência de queda prevista para o setor. É o aumento mais expressivo do país entre os principais mercados receptores de turistas via aérea, segundo informações contidas no anuário da Embratur divulgado no fim de semana.

Além de mostrar que a Bahia registrou, nesse período, 171.661 chegadas internacionais, ratificando o estado como o principal portão de entrada do Nordeste, o anuário ressalta o aumento nos mercados emissores: Espanha, 270% (de 9.116 para 33.762), França, 180,7% (de 6.493 para 18.228), Alemanha, 141,7% (de 7.269 para 17.574), Inglaterra, 113,6% (de 3.882 para 8.295) e Chile, 120% (de 2.128 para 4.683).

Os principais emissores para a Bahia, por grau de importância, são: Portugal, mantendo a liderança (36.861), Espanha, em segundo lugar, com 33.762, seguindo-se Itália (25.394), França (18.228), Alemanha (17.574) e Inglaterra, com 8.295 visitantes. Os destaques são para a Espanha, que do terceiro lugar passou para o segundo, superando a Itália, que ficou em terceiro, e para a França, que ultrapassou a Alemanha, conquistando a quarta posição.

Enquanto isso, os outros principais pontos de entrada de estrangeiros no Nordeste apresentaram quedas: Pernambuco, 20,6% (de 84.307 para 66.873) e Ceará, 5,2% (de 112.534 para 106.605). A exceção foi o Rio Grande do Norte, que cresceu 4% (de 111.800 para 116.375). No sudeste, a situação foi de declínio também. O Rio de Janeiro caiu 8,9% (de 832.575 visitantes, em 2005, para 758.028, em 2006) e São Paulo teve o fluxo reduzido em 6,5%, (de 2.429.017 para 2.268.982).

Já com relação ao fluxo de turistas europeus no Nordeste, a Bahia desponta também como o maior pólo receptivo da região. Entraram no estado 71.060 turistas a mais do que em 2005, representando um crescimento de 83%, vindo a seguir o Rio Grande do Norte, com 5.861, com alta de 5,4%. Enquanto isso, Pernambuco experimentou uma queda de 22,5% e o Ceará, de 11%.