O governador Jaques Wagner e o diretor-geral da FAO – organismo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – Jacques Diouf assinaram na manhã de hoje (7) um memorando de entendimento em que estão previstos estudos de viabilidade de projetos e ações para o combate à fome e a promoção do desenvolvimento socioeconômico de comunidades rurais.

O documento é o primeiro passo para a celebração de acordos internacionais de cooperação técnica entre a Bahia e a FAO, que deverão promover capacitação técnica para o aprimoramento da produção agrícola familiar. O Governo do Estado tem interesse nas áreas da cultura do sisal, da pesca artesanal – incluindo a maricultura familiar – e na produção de biocombustíveis.

Segundo Diouf, a FAO tem grande interesse em trabalhar com o governo da Bahia. Ele destacou que o organismo já desenvolve programas de cooperação técnica no setor, como o Fome Zero, do governo federal. “Temos um compromisso político com o desenvolvimento social de populações rurais pobres de todo o mundo”, assegurou.

A extensa área costeira do estado tem estimulado a FAO em querer trabalhar com projetos de capacidade técnica de pescadores artesanais e marisqueiras. “Para isso, vamos definir projetos com metas e objetivos claros visando consolidar essa parceria”, disse o governador.

Bioenergia

Baseada na agricultura familiar, a produção de bioenergia é outra área considerada prioritária pelo governo estadual e pelo organismo da ONU. “Há um grande interesse mundial em torno dos biocombustíveis, devido aos problemas causados por combustíveis fósseis, como o petróleo”, lembrou Diouf. Para ele, tudo vai depender dos recursos naturais disponíveis para promover o desenvolvimento sustentável dos pequenos produtores.

De olho no assunto, a ONU vai organizar no próximo ano – juntamente com a Organização Mundial do Comércio (OMC) – uma conferência para analisar as políticas públicas e as conseqüências da produção de bioenergia.