O projeto do Parque Empresarial da Lagoa será aprimorado e poderá servir de modelo para outros municípios baianos. O empreendimento deverá sofrer algumas intervenções pontuais para ser concluído e poder cumprir seu objetivo de promover a inclusão social em comunidades carentes como a de Coutos.

“A Sudic já tem um projeto para ampliar o parque empresarial e a secretaria vai apoiar no que for preciso”, afirmou o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, que visitou o empreendimento industrial hoje (29), acompanhado pelo secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assunção, e pelo presidente da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), Dilson Jatahy.

Em março, novas empresas deverão entrar em funcionamento no Parque Empresarial. Uma delas será a Natybel, fabricante de roupas femininas populares, que instala seus equipamentos e prepara-se para produzir 160 mil peças/mês, gerando 180 empregos diretos. Enquanto a unidade industrial de Coutos não entra em operação, 80 habitantes de Moradas da Lagoa foram contratados e estão trabalhando provisoriamente no centro de Salvador, aguardando a transferência para o subúrbio. “Essas pessoas nos impressionam pela força de vontade, pois agarraram a oportunidade de emprego dando o máximo de si; estamos muito satisfeitos por termos apostado no empreendimento e nessas pessoas”, afirmou o gerente comercial da Natybel, Jair Conti.

Outra unidade industrial com previsão de iniciar sua produção em março é a Via Marina, fabricante de moda praia e fitness. Segundo o gerente de produção, Ricardo Candeias, a fábrica tem 48 pessoas contratadas, produzindo em um galpão provisório. Todas foram treinadas pela própria Via Marina. “Esta semana, iniciamos o treinamento com mais 40 pessoas da comunidade para que em março todas estejam em plenas condições de assumir o seu papel no nosso empreendimento”, ressaltou Candeias.

Tapetes artesanais

O centro industrial abriga também a fábrica de tapetes Majzub. Com apenas dois meses de funcionamento, a empresa emprega 30 trabalhadores e tem expectativa de gerar 200 postos de trabalho em, no máximo, 10 meses. De acordo com o gerente comercial, Hossein Sajede, a produção é destinada a lojas de alta decoração em todo o País. “Nosso diferencial é o processo artesanal, utilizando como matéria-prima lãs naturais, que não provocam alergias”, explicou Sajede.

Empreendimento projetado para abrigar 14 indústrias não-poluentes no bairro de Coutos, um dos mais carentes de Salvador, o Parque Empresarial da Lagoa deve gerar quase 3 mil empregos diretos para moradores do Loteamento Moradas da Lagoa e seus arredores. Foi implantado através de convênio entre a Sedes e a SICM/Sudic. Atualmente, cinco unidades industriais estão em funcionamento e mais nove em implantação. Até agora foram investidos mais de R$ 31 milhões (recursos públicos e privados), numa área de mais de 130 mil metros, incluindo galpões, administração, refeitório e área verde.

Trabalho amplo

“Fico muito feliz de constatar que o nosso estado tem potencialidade para fazer um trabalho amplo como este, onde brevemente várias empresas instalarão suas unidades industriais com um intenso grau de utilização de mão-de-obra local”, observou o secretário.

Segundo Jatahy, a Sudic promoverá a interação entre os setores da indústria, do comércio e serviços, implementando as ações que possibilitem maior desenvolvimento sustentável do estado da Bahia. “Esses novos horizontes levam a Sudic a buscar empreendimentos produtivos que sejam intensivos na geração de postos de trabalho”.

De acordo com o presidente da autarquia, os pequenos e médios empreendimentos são os que mais necessitam do apoio governamental e serão priorizados na medida em que derem como contrapartida a geração de empregos para os baianos. “Vamos enfatizar nossas ações sobre as empresas que gerarem maior número de empregos por investimento governamental”, disse.