A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) assinou convênio com a União, representada pelo Ministério da Educação/Secretaria de Ensino Superior (MEC/Sesu), no valor de R$ 1,25 milhão. Os recursos permitirão a criação de  um Centro de Referência Nacional em Ciências Analíticas, com a implantação do Instituto Nacional de Pesquisas e Análises Físico-Químicas (Ipaf).

As verbas para o empreendimento são do programa Apoio a Entidades de Ensino Superior Não-Federais – no Estado da Bahia e resultou de pleito da reitoria da universidade junto aos parlamentares da bancada baiana na Câmara Federal, com destaque para o  deputado Valter Pinheiro, que assumiu a condução do projeto da  Uesc.

Segundo o reitor Antonio Joaquim Bastos da Silva, além dos recursos da União, serão investidos mais R$ 2,5 milhões nas obras e instalações do centro. Nesse sentido, a universidade investirá, além dos recursos da União, mais R$ 2,5 milhões, sendo R$ l milhão do seu próprio orçamento, e  R$ 1,5 milhão de convênio com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) do Estado da Bahia.

Embora a iniciativa tenha partido da Uesc, as três outras universidades estaduais baianas  também serão  beneficiadas com recursos de igual valor do programa.

O reitor Joaquim Bastos esclarece que o centro, cujos investimentos totais giram em torno de R$10 milhões, na sua fase operacional, tem a contrapartida do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Lion, França. Neste sentido, o acordo geral de cooperação entre os governos da Bahia e da França já foi assinado, tendo o ato sido publicado no Diário Oficial do Estado, em dezembro de 2006.

Isso vai permitir que, dentro de 15 dias, esteja sendo assinado o convênio entre a Uesc, Fapesb, Secti e CNRS,  a fim de iniciar as obras do Instituto Nacional de Pesquisas e Análises Físico-Químicas.

O centro vai estabelecer uma nova perspectiva ao desenvolvimento científico e econômico através da oferta de serviços qualificados de certificações de compostos orgânicos e inorgânicos, de interesse para a preservação ambiental, para o desenvolvimento agrícola e industrial, bem como para o setor de exportação de produtos e matéria-prima para a Comunidade Econômica Européia (CEE) e os Estados Unidos, entre outros países.

“Para a realização desse acordo de colaboração, que inclui também a capacitação completa do pessoal de operação e de manutenção no CNRS, na França, por um período de dois anos, a Uesc teve que vencer as propostas do Chile e da Argentina”, revela o professor Antonio Joaquim Bastos da Silva.

Ele acrescenta que, no mundo, existem apenas sete laboratórios desse porte. Nenhum deles na América Latina. O centro será responsável pela certificação dos produtos a serem exportados para a Comunidade Européia. A materialização desse projeto foi que levou  o reitor da universidade à França, em 2005, quando teve a oportunidade de conhecer o importante centro de pesquisas francês e consolidar o acordo geral de cooperação.