Representantes da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab) entregaram hoje (5), ao governador Jaques Wagner, uma pauta com reivindicações da categoria. Entre os principais assuntos abordados durante reunião na Governadoria, estavam a campanha salarial, a reestruturação dos planos de carreira e a reintegração ao cargo de servidores exonerados por participação em movimentos políticos e sindicais. Compareceram ao encontro representantes de 14 entidades sindicais.

Para o secretário de Administração, Manoel Vitório, “a reunião foi muito interessante, pois o governo e o funcionalismo estão com uma atitude madura, caminhando para a construção de propostas”. Ele  disse que as reivindicações são razoáveis e que os servidores estão cientes de que nem todas serão atendidas de imediato. “É um processo de construção e esse é o primeiro passo”, afirmou.

Durante a reunião, ficou acordado que, até a próxima segunda feira (12), o governo vai entregar à Fetrab o regimento que trata do funcionamento das mesas de negociação. Segundo Vitório, o documento já está com todas as características definidas. “Vamos ter uma reunião com os secretários da Fazenda, do Trabalho e da Infra-Estrutura para, juntos, fecharmos todos os pontos e levarmos ao governador para a palavra final”, informou.

A coordenadora da Fetrab, Marinalva Nunes, disse que a pauta de reivindicações possui 23 itens, dos quais oito foram eleitos para serem tratados de forma emergencial. Ela afirmou que a audiência foi muito produtiva, “com todos sinalizando que este foi um ato histórico, depois de um jejum de 40 anos sem uma mesa de negociações para as pautas de reivindicações do conjunto dos trabalhadores públicos. No próximo dia 28 haverá uma nova reunião para aprovação do regimento quando, além da mesa geral de discussão, haverá também mesas setoriais”.

As principais reivindicações, segundo ela, são o manejo da data-base para maio e reajuste imediato para regularizar a situação de 70% dos trabalhadores que recebem abaixo do mínimo. E mais: estabelecimento de política salarial, incluindo PIS e reestruturação dos planos de carreira; estabelecimento de cronograma de reabilitação das perdas salariais, que estão em torno de 83%; cronograma de pagamento das perdas com a conversão da moeda, em 1994; e reintegração de 30 servidores exonerados durante governos passados, por motivo de mobilizações dos trabalhadores públicos em atividades políticas ou sindicais.