A Secti pretende ampliar as parcerias com as instituições privadas de ensino superior da Bahia com foco nas áreas de pesquisa e extensão. Este assunto foi o tema da reunião realizada hoje (7) entre o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, e representantes das instituições. 

Segundo o secretário, a filosofia do governo é priorizar as universidades públicas estaduais, mas de maneira nenhuma isso vai excluir as instituições particulares. “Pelo contrário, pretendemos ampliar as parcerias já existentes, principalmente através das ações da Fapesb”. Ferreira citou que uma das prioridades da Secti é implantar o Parque Tecnológico e destacou que as universidades e as faculdades são parceiras fundamentais para o sucesso do empreendimento. “O parque será o ambiente propício para que nossa base acadêmica esteja integrada com as empresas em laboratórios de pesquisa”.

A interiorização das ações da Secti, através do diálogo com representantes dos territórios com a realização de conferências regionais foi outro tema destacado. “Nossa intenção com isso é identificar as demandas da sociedade baiana para a área de ciência, tecnologia e inovação para que possamos atuar na solução de problemas que dificultam o desenvolvimento social e econômico do interior”, disse Ferreira.

Para o reitor da Universidade Salvador (Unifacs), Manoel Joaquim Sobrinho, as pesquisas científicas devem ser direcionadas justamente para solucionar os problemas da sociedade. Ele acredita que se a Secti convocar as universidades e faculdades particulares para este fim e alocar os recursos necessários, as instituições responderão positivamente a esta demanda.

Outro assunto recorrente foi a limitação que estas instituições possuem em relação a recursos públicos para a montagem de laboratórios de pesquisa. A diretora de Pesquisa e Pós Graduação da Faculdade de Pesquisa e Ciências (FTC), Iracema Nascimento, defendeu uma maior integração entre as instituições privadas de ensino superior e sugeriu a criação de laboratórios conjugados entre instituições que tenham o mesmo foco. O secretário de CT&I citou que o espírito de cooperação que existe no conceito dos Arranjos Produtivos Locais sirva de exemplo para esta ação articulada entre as universidades e faculdades.

A importância das bolsas de pesquisa de iniciação científica foi uma unanimidade na reunião. A diretora Geral da Fapesb, Dora Leal, afirmou que a fundação está buscando uma maior sintonia com as agências federais de fomento, a exemplo do CNPq e Capes, e que o programa de bolsas é uma prioridade na Fapesb.