O aumento da tarifa de ônibus em Salvador, que passou de R$ 1,70 para R$ 2 em meados de janeiro, ainda se refletiu na inflação de fevereiro. O resíduo de 8,11% do transporte urbano foi a principal razão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medir inflação de 0,11% no segundo mês do ano. A taxa geral da inflação medida pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento (Seplan), foi menor do que as apresentadas em janeiro passado (1,2%) e fevereiro de 2006 (0,33%).

Depois do ônibus urbano, os produtos que mais pressionaram a taxa de fevereiro foram, na ordem: tomate (subiu 21,29% – apesar do maior aumento que o ônibus, este produto pressionou menos devido ao seu peso no cálculo), calça comprida masculina (que subiu 2,28%), serviço de reparo de veículo (1,42%), tênis de adulto (3,10%), cebola (16,22%), sandália feminina (4,10%), frango (1,00%), carne bovina filé especial (3,17%) e aparelho de som (2,41%).

Por outro lado, os produtos que baixaram de preço exercendo as maiores pressões negativas, também na ordem, foram: vestido feminino (-14,89%), calça comprida feminina (-6,69%), short infantil (-10,31%), camiseta, blusa e blusão femininos (-3,78%), televisor (-4,34%), vestido infantil (-9,60%), camisa infantil (-15,00%), calça comprida infantil (-8,04%), álcool combustível (-2,26%) e cortina (-18,33%).

 Considerando apenas os reajustes individuais, os itens cujos preços mais aumentaram foram chuchu (28,85%), tomate (21,29%), quiabo (16,48%), cebola (16,22%), cenoura (15,48%), manga (14,63%), repolho (11,41%), ônibus urbano (8,11%), toalha de mesa (6,33%) e pimentão (6,21%). Os produtos das lavouras oscilaram em função da variação climática, devido às chuvas nas regiões produtoras, e a conseqüente redução do nível de oferta.

Dos 308 produtos e serviços pesquisados pela SEI, 126 apresentaram acréscimo nos preços (entre esses aparece o transporte escolar, com 3,23%, e o IPTU, com 3,13%), 95 não tiveram alterações e 87 registraram decréscimo. No acumulado dos últimos doze meses (mar/06-fev/07), a taxa ficou em 3,94%, resultado inferior ao acumulado nos doze meses imediatamente anteriores (fev/06-jan/07), que foi de 4,17%.

A cesta básica com 12 itens definidos legalmente apresentou alta de 3,31%, comprometendo cerca de 44,32% do salário mínimo, o correspondente a cerca de R$ 155. Aumentaram seis produtos: tomate (21,33%), feijão mulatinho (2,07%), farinha de mandioca (1,50%), manteiga (0,59%), leite pasteurizado (0,59%) e café moído (0,46%). Dois produtos tiveram queda nos preços: carne bovina chã de dentro (2,24%) e banana da prata (2,38%). E quatro itens permaneceram estáveis: óleo de soja, arroz, açúcar cristal e pão francês.