As ações do Governo do Estado no setor mineral foram o principal tema discutido hoje (3) na abertura do seminário que lançou o Fórum Permanente de Entidades do Setor Mineral da Bahia, no auditório do Museu Geológico, em Salvador. O seminário Setor Mineral e Energético na Bahia – Diagnósticos e Perspectivas foi o primeiro evento do fórum permanente, convocado pelas entidades de classe dos geólogos e engenheiros de minas e aberto à adesão de outras entidades do setor.

O fórum pretende promover uma série de discussões ao longo de 2007, quando se comemora o Ano Internacional do Planeta Terra, os 100 anos do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGM) e os 50 anos dos cursos de Geologia no Brasil. O seminário teve palestras e debates sobre energia e ações integradas dos governos federal e estadual, com a participação do Ministério das Minas e Energia, Departamento Nacional de Produção Mineral, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Petrobras e Companhia Baiana de Pesquisa Mineral.

Primeiro palestrante do evento, o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, abordou o tema Perspectivas do Setor 2007-2010. Segundo ele, o estado vai apoiar fortemente o setor mineral e, observando as questões ambientais e legais e a integração com os demais órgãos da área, defender os interesses das empresas que queiram investir na Bahia. Para o secretário, é necessário evitar exageros, sem abrir mão de princípios como exigir dos investidores a geração local de emprego e renda, respeito ao meio-ambiente, criação de benefícios para a comunidade e perspectiva de consolidação dos empreendimentos.

Amoedo frisou as dificuldades que encontrou ao assumir a pasta, com recursos se esvaindo em episódios ainda sob investigação, e delineou caminhos de fortalecimento da mineração, como o reforço do quadro técnico especializado e por ações mais ativas da secretaria, que no passado apenas observava as iniciativas tomadas pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).

O segundo expositor do dia, o geólogo Adalberto Figueiredo, falou sobre Mineração na Bahia: Histórico e Diagnósticos, dizendo que o estado apresenta vantagens na área como elevada quantidade de títulos minerários e ativação e implantação de projetos míneros-industriais, a exemplo do vanádio/platina (Maracás), níquel (Itagiba), gípsita (Camamu), ferro (Caetité), fosfato (Campo Alegre de Lourdes), ouro (Santa Luz) e bentonita (Vitória da Conquista). O momento, defendeu, apresenta uma excelente oportunidade para agregação de valor ao patrimônio mineral público e privado, possibilidade de acesso a fundos de riscos e de parcerias nacionais e internacionais para avaliação de ambientes e alvos selecionados.