O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Jaques Wagner se reuniram hoje (2), durante 40 minutos, para uma avaliação da etapa inicial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Bahia. O presidente disse ao governador que está satisfeito com o início da atual fase do PAC que é de elaboração dos projetos executivos, mas deseja que o programa ganhe mais velocidade. Para o presidente, o ritmo da implantação dos projetos previstos no Programa será mais acelerado no segundo semestre, após a fase de conclusão desses projetos.

“”O próprio presidente disse que gostaria de ver uma velocidade de cruzeiro, porém, ele reconhece que a atual fase é a da elaboração dos projetos executivos, por este motivo ele está muito tranqüilo””, relatou o governador, após sair da audiência com o presidente Lula, no Palácio do Planalto.

O motivo principal da audiência do governador com o presidente foi discutir as obras do PAC na Bahia, que incluem as rodovias BR-116 e BR-324, nos trechos que atravessam o estado, além de dois projetos de construção de ferrovias. Uma, no total de 600 quilômetros de extensão, ligando o oeste ao litoral do estado, para escoar a produção de soja, algodão e café; outra, de 17 quilômetros, ligando o município de Camaçari ao porto de Aratu, cujo projeto está avaliado em R$ 58 milhões.

“Bom momento”

O governador deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto e informou que o presidente Lula está muito motivado a fazer “um segundo governo melhor do que o primeiro”. O governador afirmou que o presidente “”tem consciência do bom momento da economia””.

O presidente Lula, ainda segundo o governador, “”considera boa a atuação da supervisora do PAC””, função atribuída por Lula à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O presidente fez muitos elogios à atuação da ministra Dilma que tem acompanhado, pessoalmente, um por um dos projetos do PAC. Ela deverá visitar os estados do nordeste para debater o PAC em data ainda a ser divulgada. Um dos estados deverá ser a Bahia.

Ao comentar a instalação da CPI do Apagão Aéreo, prevista para amanhã (3), na Câmara dos Deputados, Wagner afirmou que dificilmente ela terá o mesmo impacto das comissões parlamentares de inquérito que, em 2005 e 2006, apuraram, no Congresso, os casos do mensalão e da máfia dos sanguessugas, entre outros. “”Aquelas CPIs tinham objetivos eleitorais, e hoje há um clima diferente””, afirmou.