“Quem necessita de microcrédito para geração de renda, em muitos casos, nos procura só uma vez. Por isso é importante combinar a necessidade da pessoa com procedimentos mais ágeis para reduzir o tempo entre a solicitação e a concessão do crédito”. A reflexão é do assessor Especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e coordenador do Comitê Interministerial do Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), Almir da Costa Pereira, que participou ontem (17) do seminário Microcrédito e Finanças Solidárias: Perspectivas e Desafios.

O evento foi realizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), através da Superintendência de Economia Solidária (Sesol), no Auditório do Espaço Crescer. O PNMPO tem como objetivos incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores populares e disponibilizar recursos para o microcrédito produtivo orientado.

Segundo Almir Pereira, o publico alvo do programa são pessoas físicas e jurídicas que desenvolvem atividades produtivas de pequeno porte, com renda bruta anual de até R$ 60 mil. “O apoio técnico para que esses empreendimentos sejam autogestionários também é um dos focos do programa”, lembrou.

O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, destacou a importância da articulação com outras organizações e o Ministério do Trabalho e Emprego para incrementar e estimular o financiamento dos microempreendimentos produtivos.

As finanças solidárias como meio de desenvolvimento e autossustentabilidade local, capacidade produtiva e geração de serviços foram alguns dos aspectos elencados pelo professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e membro da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, Genauto Carvalho de França Filho. “Mais que todos esses fatores, o principal é a possibilidade de construção da sociabilidade nesses locais”, enfatizou Genauto.