A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) é a primeira instituição a confirmar apoio financeiro ao Projeto Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá), da Secretaria de Cultura (Secult). Depois de sucessivas reuniões com gestor musical da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), Ricardo Castro, a Desenbahia decidiu direcionar todo o percentual permitido do seu imposto de renda relativo a 2007 para o projeto social, através da Lei Rouanet.

 Segundo o presidente da Desenbahia, Luiz Alberto Petitinga, a decisão se justifica diante do aspecto de integração social promovida pelo projeto através da música, criando condições de descoberta de talentos e a geração de renda para as famílias de jovens e crianças com aptidão artística. “Para a Desenbahia, trata-se de uma questão de responsabilidade social”, afirmou Petitinga, que não precisou o montante financeiro a ser investido, mas admitiu a possibilidade de desembolso imediato para agilizar a iniciativa.

O Projeto Neojibá  é uma promoção da Secult, através da Fundação Cultural e do Teatro Castro Alves, em intercâmbio com a Fundación del Estado para el Sistema Nacional de las Orquestras Juveniles de Venezuela (Fesnojiv). O projeto é financiado pelo Governo da Bahia e pela captação de recursos através da Lei Rouanet, tendo a Fundação Cultural como proponente e a Osba como gestora.

O diretor de Administração e Finanças da Desenbahia, Marco Aurélio Cohim, ressaltou que a idéia de antecipar desembolsos financeiros surgiu com a possibilidade imediata de formação do primeiro núcleo de orquestra juvenil no TCA e com a proximidade da viagem à Venezuela (prevista para agosto) de um primeiro grupo de monitores para treinamento pedagógico.

Embora a captação de recursos seja voltada para apoiar as diversas atividades da Osba, como concertos e oficinas, a diretoria da Desenbahia foi sensibilizada pelo projeto Neojibá, onde crianças e jovens terão oportunidade, através da prática orquestral e do aprendizado da arte, de reparar e construir instrumentos (através de um Atelier de Lutheria) e de desenvolver suas capacidades estéticas e humanas. “É um programa inovador, pois combina formação musical com desenvolvimento social, que se encaixa na estratégia de inclusão da Desenbahia”, disse Petitinga.