Com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a Bahia vai ser palco, na próxima quinta-feira (27), das comemorações que marcam o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Uma série de atividades, entre elas uma sessão especial na Câmara Municipal de Salvador para discutir a situação da doação de órgãos na Bahia, dá continuidade à Semana Nacional de Doação de Órgãos, aberta ontem (22), com um culto ecumênico realizado no Farol da Barra.

Em 27 de setembro se comemora o Dia de São Cosme e São Damião. E não é à toa que a data escolhida para marcar a luta em favor das doações coincide com o dia dedicado aos santos gêmeos, já que eles são considerados os patronos dos transplantes.

A programação da Semana Nacional de Doação de Órgãos prevê, além da sessão especial na Câmara de Vereadores, uma série de outras atividades, a exemplo de cursos e palestras que estão sendo realizadas em hospitais de Salvador. As atividades buscam mostrar não apenas a difícil situação vivida por milhares de pessoas que aguardam na longa fila de espera de transplante, mas também despertar a conscientização da população para ajudar a reduzir o drama dessas pessoas que precisam de um órgão para continuar a viver.

Conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a Bahia tem um dos mais baixos índices de doação de órgãos do país, embora apresente o dobro de potenciais doadores da maioria dos estados brasileiros. São menos de dois doadores por um milhão de habitantes, o que está longe do ideal que é 50 doadores por um milhão de habitantes. Em algumas cidades brasileiras, a exemplo de São Paulo, são desenvolvidas ações que incentivam a doação de órgãos.

Pacientes que precisam de transplante esbarram na resistência de familiares de potenciais doadores. Para os médicos, essa é uma das maiores dificuldades enfrentadas para a realização de transplantes. De acordo com o Sistema Estadual de Transplantes, cerca de quatro mil pacientes aguardam na lista de espera para receberem um órgão que lhes permitirá viver mais e com melhor qualidade.