Mais de 92% das internações pelo SUS em Salvador são feitas basicamente por hospitais públicos e filantrópicos e estes últimos não estão com nenhum movimento de paralisação. A afirmação foi feita hoje (2) de manhã pelo secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, contestando as informações de que foi suspenso o atendimento a pacientes do SUS nos hospitais privados e filatrópicos.
Solla estima que a paralisação está limitada a uma parte das clínicas privadas de ortopedia e garantiu que todas as providências para reforçar o atendimento de ortopedia nos serviços públicos e filantrópicos já foram tomas, pelas Secretarias Estadual (Sesab) e Municipal de Saúde de Salvador (SMS).
A Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos, em nota pública, assinada pelo seu presidente, Antonio Brito, anunciou que não vai participar da paralisação. No mês passado foi encerrado um processo de contratualização dos hospitais filantrópicos pela SMS, com apoio da Sesab, que aumentou significativamente a programação de atendimentos pelo SUS.
Segundo o secretário, as clínicas privadas respondem por apenas 12% das internações cirúrgicas, na especialidade ortopedia, não tendo nenhuma participação nas internações de clínica médica e obstetrícia. "Mesmo os procedimentos cirúrgicos ortopédicos, quando se trata de fratura exposta e outros de maior complexidade, são realizados em hospitais públicos ou filantrópicos", assinalou.
O secretário estadual destacou que a presença das clínicas privadas é grande na oferta de procedimentos ortopédicos ambulatoriais e lembrou que a imprensa fez diversas matérias sobre o exagero no atendimento de ortopedia pelo SUS em Salvador.